- Claudionor, precisamos conversar ...
- Não é isto que estamos sempre fazendo, Roberta Flávia? De uns tempos para cá nosso clímax é um diálogo cordial.
- Nossa, como você é grosso.
- Olha, Roberta Flávia, não dá mais. Eu não queria assim, não quero assim e estou saindo deste relacionamento.
- Eu te amo, Claudionor!!
- Sim, e daí? Eu não te amo. E pronto, este é o ponto final.
- Eu te amo muito!
- Não se quantifica o amor, a dor, a saudade, a falta, a angústia, o escambau. Portanto não vem com isto de muito.
- Eu te amo para sempre!
- Eu não sou eterno, não sou uma estátua romana numa praça com tanque de moedas, nem ponte de cadeado francês. Estou fora.
- Eu amo a sua vida, o seu corpo, a sua voz, o seu cheiro de moleque suado, as suas roupas.
- Ama merda nenhuma. Vive me dando esculacho sobre como estou assim, assado. Para com isto.
- Você tem outra, não é isto? Você só pode ter outra. Quem é a vadia?
- Olha, não dá mais. Eu não queria assim, não quero assim e estou saindo deste relacionamento.
- Então a piranha é conhecida. Olha nos meus olhos e me diz a verdade. Quem é a biscate? Você teve a coragem de me trocar por outra?
- Sim, e daí? Eu não te amo. E pronto, este é o ponto final.
- Puxa vida, você não está nem conseguindo formar frases novas. Você é uma fraude. Sabe o quanto isto me dói? Me dói por toda a vida!
- Não sei mais o que te falar, então resolvi ser repetitivo. Não se quantifica o amor, a dor, a saudade, a falta, a angústia, o escambau. Portanto não vem com isto de muito.
- Mas o que é isto? Você decorou estas falas na cama com a vagabunda? Quem é esta piranha? Fala, caramba, fala logo. Foi ela que te deu este roteiro? Fala, merda! Quer saber de uma coisa, Claudionor? Eu vou agora lá na sua casa e ter uma conversa com a sua mãe. Eu quero saber de tudo. Ah! Aquela ali adora uma fofoca, e sei que vai me contar.
- Minha mãe não, de jeito nenhum. Não coloca a minha mãe nisto.
- Ah! O bebezinho está com medinho da mamãe? hem, neném, a mamãe te coloca de castigo?!
- Medo não, é que ..., tudo bem, pode ir.
- Quer saber? Posso ir o caralho - acabou, baby, não sou vaca para bater de frente com a sua mãe, assim, tipo de graça no "tudo bem, pode ir" ... aí tem macumba. E tem mais, já despachei minhas malas, já encerrei a nossa conta conjunta, já entreguei o apartamento na imobiliária e adeus.
- Não, espere, eu posso estar enganado, espere ... estou confuso ... eu estou terminando com você porquê é você que quer terminar comigo? É isto? É para que eu me sinta culpado?
- Idiota! Já acabou há muito tempo, baby!
É isto aí!
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