domingo, 18 de junho de 2017

Não toque no meu Brana

Neste final de semana enorme fiquei na Pitangueira cuidando dos papéis, dos aspectos burocráticos do reino e das notícias que povoam a mente poluída dos povos de cá e de lá. Vejamos algumas coisas que pululam no interessante mundo dos vivos e dos espertos:

- Determinado líder de determinada seita falou sem rodeios que o seu deus castigou um cidadão que trabalha para outro líder de outra seita. Parece coisa de vodu. Aqui da Pitangueira, corre a boca pequena que supostamente o cidadão alvo do trabalho do deus da seita do castigo, eu disse supostamente - parece, sugere, tem um jeito discreto de que não é algo assim, digamos, hummm, clínico. Claro, se for verdade, vai daqui nossos sinceros votos de melhora, mas do jeito que a coisa se deu ... hummmm ... sei não, dizem os velhinhos nas praças e nos bancos de dama.

- Determinado líder (rárárá) usurpador de penicos foi acusado por um afinado cantor sertanejo da dupla goiana Fritou&Fritado, de Capo de uma Orcrim. O nome soa a um colchão de mola, mas é uma corruptela aglutinada - na verdade o cantor sertanejo foi educado ao evitar dizer Organização Criminosa. Caramba, como ficam os amigos do líder usurpador de penicos Orcrim? Como será o natal desta gente, suas férias legítimas em Aspen, suas amantes caras e suas orgias pagãs em Viena? Perguntas ... só perguntas ...

- Falando em amante, famosa doutilóquia histriônica e histérica da pauliceia enriquecida e broxada, meio que incorporada por entidades pouco discretas, veio a público novamente dizer o que faz na privada e lamentou a traição - estão me traindo ... ô dó ... ô dó ... já entrou para a história como um mal desnecessário ao bom sentimento nativo.  

- Já que toquei em sentimento nativo, querendo falar de Kafka,o djênio game-over do Leblon confessou às paredes que agora é um objeto tipo kafta, já que vive momentos kaftanianos. Rárárá. É provável que nunca tenha lido Kafka, mas como tem um pé nas montanhas e o resto todo na zona sul, deve achar que Kafta deve ser a mesma coisa só que diferente, feito um pão de queijo. Deve ser delírio de abstinência de Kafta com Queijo - 1 kg de carne de carneiro moída / 1 cebola de cabeça / 5 dentes de alho descascados / 1/2 xícara de azeite (virgem) / sal a gosto / pimenta-do-reino a gosto / 5 folhas de hortelã / 7 folhas de alfavaca (vaca lembra boi, boi lembra fri opa, olha o kafta entrando) / 250 g de bacon moído / 500 g de queijo (mussarela, prato ou parmesão).

E quanto ao título - Não toque no meu Brana? Dever de casa para a plebe rude, mas para a Física Quântica o Brana é apenas a décima dimensão da Teoria das Cordas, que não permite a transação maluca entre universos, constituído de uma espécie de veda-plastico para isolar estes universos entre entre si. Se cada um de nós somos o nosso universo, temos nosso Brana a nos lembrar que nosso direito termina onde começa o do próximo, com certeza.

É isto aí!

2 comentários:

  1. Minas Gerais, 21 de junho de 2017

    Caro Paulo, observador atento das mazelas desta nação em frangalhos

    Que texto brilhante! Ainda não fomos tragados por um abismo escuro, definitivamente, porque há alguma lucidez entre nós. Seus textos iluminam (fazem rir, chorar de rir e rir de chorar).
    A narrativa kafkaniana (do Franz) é a nossa, a que estamos vivendo, neste momento. Acordamos num dia e nos descobrimos baratas (mas miúdas, bem miúdas), tontas, perdidas e prestes a sermos esmagadas. Não é um país sério, nem engraçado consegue ser.
    Enfim, mas é isto! É bom voltar e descansar neste reino.
    Abraços,
    Amanda

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  2. Minas Gerais, 22 de Junho de 2017

    Amanda Amanda

    Como poderemos buscar forças de outra maneira? Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.(Romanos 12:21).

    Vamos lá, aluta deverá ser lutada, o combate está aberto, de um lado o povo, os oprimidos, os boias frias, os desempregados, as balconistas, os professores, as faxineiras e todos os outros, como os carteiro, os açougueiros, etc etc. Dou outro lado uma corja corrupta, diminuta e feroz, mas fraca de humanidade. Vamos vencer mais esta.

    Um abraço

    Paulo

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Gratidão!