segunda-feira, 3 de julho de 2017

Na depressão o foco é invertido

Resumo do resumo do resumo para extrair o sumo:

No texto Luto e Melancolia, de 1917, Freud realiza um estudo comparativo entre os dois estados: o estado de ter perdido alguém (luto) e o estado depressivo – como chamamos hoje – ou melancolia.

Vou ficar só na melancolia, que hoje acha-se depressão e daqui a um século será outro nome para a mesma coisa:

Freud respondeu à seguinte pergunta:

– Porque a pessoa, na melancolia, possui esta característica de se auto-criticar? De ter a sua autoestima tão em baixa?

Segundo ele, a resposta é:

“Se se ouvir pacientemente as muitas e variadas auto-acusações de um melancólico, não se poderá evitar, no fim, a impressão de que freqüentemente as mais violentas delas dificilmente se aplicam ao próprio paciente, mas que, com ligeiras modificações, se ajustam realmente a outrem, a alguém que o paciente ama, amou ou deveria amar”.

É isto aí!

2 comentários:

  1. Olá, Paulo Abreu !
    Verdade. Normalmente se agride a quem
    mais se ama.
    Creio que é porque está mais próxima
    do corpo, ou da alma do deprimido.
    Parabéns, Amigo, e um fraterno abraço.
    Sinval.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Sinval,

      Rapaz, primeiro obrigado pela sua participação sempre engradecendo este espaço.
      E tem a Depressão, que coisa difícil é isto. Como fazer para lidar com uma pessoa querida deprimida - com esta percepção, teremos que nos cobrar também - somos parte do problema. É uma visão perturbadora.

      Um abraço

      Paulo

      Excluir

Gratidão!