sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Coaching do Luto





FONTES
01 - José Roberto Marques Master Coach Senior & Trainer, Presidente IBC 

02 - Maya Santana - Jornalista correspondente da BBC Londres e Blogueira Blog50eMais

01 - José Roberto Marques:

Todos nós passamos por situações difíceis, seja a falta de um emprego, uma doença terminal, crise conjugal, instabilidade financeira, problemas de saúde e tantos outros. Mas a verdade é que nenhuma delas pode ser maior ou pior do que a dor do luto.

A angústia de perder alguém que amamos é, sem dúvida, um dos sofrimentos mais difíceis de lidar. Isso porque a morte nos separa de alguém que fez parte da nossa vida e de tudo o que é importante para nós. É uma dor inimaginável.

Sabemos que a morte faz parte do ciclo natural das coisas. Todos nós nascemos, crescemos, constituímos famílias, nos realizamos pessoal e profissionalmente, envelhecemos e morremos. Essa é a lei da vida. Mas, apesar de sabermos que um dia partiremos e quem amamos também, nenhum de nós está realmente pronto para lidar com este fato. A verdade é que ninguém nasce sabendo lidar com a perda, com a separação, com o fim de uma vida.

Mas hoje, através deste artigo, quero mostrar a você que, mesmo não estando preparados, existe sim uma luz no fim do túnel e uma esperança em meio a dor e ao óbito. Se você está passando por este momento tão difícil e delicado, já vivenciou ou conhece alguém que está passando pelo luto, quero te dizer que é possível superar a morte e continuar a viver através do Coaching.

Não estou dizendo que esta ferida será dissipada. Pelo contrário, ela continuará ali, mas será cicatrizada, curada e restaurada de uma forma positiva e equilibrada.

Quero apenas te ensinar como o Coaching, a melhor e mais eficaz metodologia de desenvolvimento e capacitação humana da atualidade pode te ajudar a superar o falecimento de alguém e seguir em frente.

Quero apenas te encorajar, te estimular e te mostrar que o processo que mudou a minha vida e a minha história pode mudar a sua também. Quero te mostrar como o Coaching pode trocar a dor do luto pela superação e, ainda, como ele pode te auxiliar a continuar a sua jornada sem tristeza e mágoas, apenas com as boas lembranças e a esperança de que algum dia, em algum momento ou plano, nos reencontraremos novamente com aqueles que já partiram.

Você já deve ter ouvido falar em algum de meus artigos, materiais, livros ou formações sobre o extraordinário poder do Coaching para mudar e transformar a vida de pessoas e profissionais em qualquer situação. E quero apenas salientar que este processo não é apenas uma metodologia ou um conhecimento, é uma mudança, uma experiência de vida que, quando aplicada de forma eficaz, pode impactar todas as áreas da sua vida.

Por isso, quero compartilhar com você alguns aspectos importantes que o Coaching pode trabalhar para ajudar a superar a morte.

Dicas de Coaching para lidar com a morte


Confira 3 dicas de Coaching para superar e lidar com a morte:

·         Legado eterno


A morte nos separa daqueles a quem amamos, mas tudo o que essa pessoa fez de bom, proveitoso e benéfico para a família, amigos e o mundo ao seu redor continuará eternamente. Esse é um registro que ficará marcado durante todos os nossos dias. É o que eu costumo chamar de legado. Ele existe essencialmente porque todos nós partiremos um dia e queremos deixar a nossa marca no mundo.

Qual foi o legado que o seu ente deixou em sua vida, em sua memória e no mundo? Qual foi a missão de vida dele? Quais foram os pontos positivos que ele deixou depois da partida? O que você pode aprender com ele?

Reflita sobre isso e veja como os seus sentimentos podem ser transformados em ações e lembranças positivas e permanentes para você e para todos a sua volta.

·         Lidando com as emoções
A morte acarreta uma série de sentimentos maléficos e destrutivos que podem ocasionar doenças como a solidão, a baixa auto estima, o estresse, a depressão e até mesmo o pensamento de suicídio.

Todos nós sabemos que sofrer se faz necessário durante o momento da perda, mas quero te lembrar que o sofrimento é passageiro, mas a dor de permanecer nele é uma escolha sua. Você tem duas opções: mergulhar num lago profundo de dor, tristeza e lembranças dolorosas constantes que podem te impedir de viver e só fará mal para a sua mente, emoções e para a sua vida ou escolher suportar a dor com otimismo.

Isso é aceitar a perda mas lembrar que a vida continua, que os seus sonhos continuam e que os sonhos daquele que partiu também podem continuar através da sua vida e das suas ações.

·         Cultive boas recordações


A pessoa que se foi sempre fará parte da sua vida mesmo não presente fisicamente. Por isso tente cultivar apenas boas lembranças e recordações com otimismo e força.

A pessoa que partiu jamais será esquecida, mas é importante ter em mente que qualquer um que já não esteja entre nós gostaria que seguíssemos em frente, que continuássemos nossas jornadas com fé e otimismo, guardando apenas a saudade e a esperança de um dia vê-los novamente.

E você, está passando por um momento parecido? Como você tem enfrentado essa situação? Deixe o seu comentário e compartilhe comigo a sua história para que mais pessoas sejam edificadas através do seu relato. Espero que o Coaching, verdadeiramente, possa te apoiar e ajudar a superar a morte de uma forma positiva.

Paz e Luz,

02 - Maya Santana

Achei a história da médica Rosângela Cassiano,50 anos, publicada pelo Uol, inspiradora. Decidi postá-la aqui no 50emais num momento em que nos preparamos para despedir de 2015 e queremos nos encher de boas energias, bons fluidos, para iniciar o novo ano no positivo. Rosângela perdeu, em épocas diferentes, três fihos. Superou as perdas se reinventando: “Descobri minha real missão nessa vida e decidi me transformar em coach de luto de mães. Foi a forma que encontrei de ajudar outras mães a encontrar um novo caminho sem a presença física de um filho que morreu, a buscar um novo propósito de vida”, conta ela.

Quem nunca passou por isso sequer pode imaginar o tamanho da dor de perder um filho. A médica Rosangela Cassiano, de 50 anos, viveu essa situação nem uma, nem duas vezes… mas três.

“A primeira vez que vivenciei a perda de um filho foi em 1985. Estava grávida de 19 semanas e houve um sangramento. Fui para o hospital e meu bebê já não tinha mais frequência cardíaca, estava morto na minha barriga”, conta.

Nove anos depois, Rosangela perdeu Reinaldo, seu filho adotivo, em um acidente de mobilete. Foi avisada por telefone, poucos minutos antes de começar uma palestra em um hotel em São Paulo. “No exato momento em que soube do estado do meu filho, muitas coisas passaram em minha cabeça, muitas cenas…”, lembra-se.

Rosangela conta que seu primeiro sentimento foi de negação, depois solidão, desamparo, raiva e depressão, cada um em seu ciclo.

Foram as filhas Marielle e Michelle que lhe deram o sentido de que ela precisava para seguir em frente. “Era preciso retomar a minha vida sem aquele que também era uma das pessoas mais importantes na minha vida”, diz.

Em 2011, Rosangela enfrentou sua terceira perda. Na véspera do Dia das Mães, seu telefone tocou de madrugada. Marielle havia sofrido um acidente de carro. Faleceu 20 minutos depois de chegar ao hospital. O desespero tomou conta de Rosangela. “De novo, não, meu Deus”, era tudo o que ela pensava.

A dor do luto não deu trégua, mas, com o tempo, Rosangela conseguiu superá-la mais uma vez, com ajuda da filha Michelle e da neta Maria Vitória, de 4 anos (que aparece na foto com ela, acima). Durante todo esse período, questionou-se por que a vida havia lhe tirado três filhos.

“Depois de tudo isso, cheguei à conclusão de que posso ajudar pessoas que também perderam filhos. Descobri minha real missão nessa vida e decidi me transformar em coach de luto de mães. Foi a forma que encontrei de ajudar outras mães a encontrar um novo caminho sem a presença física de um filho que morreu, a buscar um novo propósito de vida, a criar novos caminhos para voltar a encontrar o sentido da vida”, explica.

“A dor da perda de um filho é inexplicável. Mas pode ser transformadora a quem se dá a oportunidade de renascer. Nós não temos a total compreensão de algumas coisas, mas somos capazes de superar, porque a vida é assim. A única certeza que temos é: nascemos, evoluímos ou não e morremos. A morte é para todos”, conclui.

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