sábado, 8 de junho de 2019

Nossas emoções

Alto lá
Este texto não é meu
Confesso que copiei e colei
Autora Ana Beatriz Rosa (Editora de Comportamento)
Fonte https://www.huffpostbrasil.com/



Como nossas emoções são capazes de influenciar até mesmo o que nós enxergamos
"Nós não conhecemos o mundo apenas através de nossos sentidos externos."

By Ana Beatriz Rosa

Os seres humanos são capazes de agir ativamente na construção de suas percepções.

As nossas emoções são capazes de influenciar até mesmo o que nós enxergamos. De acordo com a pesquisa publicada na revista acadêmica Psychological Science, os seres humanos são capazes de agir ativamente na construção de suas percepções.

"Nós não somos passivos em relação a informação que está no mundo. Nós construímos nossas percepções como os arquitetos de nossa própria experiência. E nossos sentimentos e emoções são determinantes na experiência que criamos", explica a psicológica Erika Siegel, da Universidade da Califórnia, em São Francisco. "Isto é, nós não conhecemos o mundo apenas através de nossos sentidos externos - nós vemos o mundo de maneira diferente quando nos sentimos confortáveis ou até quando estamos em situações desagradáveis".

Em dois experimentos, os participantes foram expostos a dois tipos de imagem: uma de um rosto com expressão neutra, mostrada em sequência de flash, e outra com expressões de raiva ou de alegria, apresentadas em segundo plano. Essas imagens, por estarem disponíveis por milésimos de segundos, não eram captadas ativamente pela consciência dos participantes.

Ainda assim, os pesquisadores da Universidade da Califórnia demonstraram que imagens de rostos com expressões neutras são percebidas como mais alegre e sorridentes ao serem combinados com estímulos positivos que não são vistos conscientemente pelos participantes.

Em estudos anteriores, Siegel e outros pesquisadores descobriram que os estados emocionais das pessoas influenciaram as suas primeiras impressões de rostos com expressões neutras, fazendo com que os rostos se tornassem mais ou menos agradáveis, confiáveis e desconfiáveis, por exemplo.

Nessa pesquisa mais recente, eles queriam entender se os estados emocionais das pessoas poderiam realmente mudar como elas enxergavam as imagens de rostos com expressões neutras.

Usando uma técnica chamada supressão contínua de flash, os pesquisadores foram capazes de apresentar estímulos aos participantes sem que eles soubessem.

Em um experimento, 43 participantes foram expostos a uma série de imagens que piscavam e se alternavam entre uma imagem pixelizada e uma de um rosto com expressão neutra.

Ao mesmo tempo, uma imagem de baixo contraste de um rosto sorridente, bravo ou neutro também foi apresentado. Normalmente, essa segunda imagem seria suprimida pelo estímulo apresentado na primeira imagem, e os participantes não chegariam a ter consciência dessas segundas imagens.

No final de cada experimento, um conjunto de 5 rostos apareceram e os participantes deveriam escolher o que melhor correspondeu ao rosto que eles viram durante o teste.

O primeiro rosto que foi apresentado aos participantes foi sempre o de expressão neutra. Porém, eles tendiam a selecionar rostos que combinavam com a segunda imagem apresentada.

Por exemplo, se uma pessoa viu um rosto sorrindo, mesmo que não ficasse gravado no seu consciente, no fim do experimento ela escolhia por uma imagem também sorridente.

Em outro testes, os pesquisadores incluíram uma forma de medir objetivamente esta consciência.

Eles pediram aos participantes para adivinhar qual era a expressão da segunda imagem do rosto que aparecia. Os resultados indicaram que os rostos com expressões positivas mudaram a percepção que os participantes tinham da imagem com expressão neutra.

Para os pesquisadores, os estudos mostram frequentemente que os estímulos negativos têm maior influência no comportamento e na tomada de decisões das pessoas. Porém, esta pesquisa demonstrou que o efeito das expressões positivas é uma área interessante para estudos futuros.

"Essas descobertas podem ter implicações do mundo real que se estendem para as interações sociais cotidianas. Esses experimentos fornecem mais evidências de que o que vemos não é um reflexo direto do mundo, mas uma representação mental do mundo fundida por nossas próprias experiências emocionais", explica Siegel.



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