Eu vejo as ruas
desertas nuas
pessoas com medo
de serem pessoas
Rostos assustados
mascarados
olhares perdidos
fragilizados
Celulares frágeis
compensando a loucura
em dedos ágeis
a solidão ressoa
na ordem natural
das cores das ruas
das pernas pés sapatos
janelas carros gatos
cachorros ratos
mambembes pedintes
bêbados sóbrios
tudo enquadrado
na beleza da morte
nos seus melhores dias
grassa a maldade
e aguça tristeza
Transferidores de graus
mudam o tempo todo
a história o destino
do ângulo dos povos
Malditos transferidores
o tempo nas ruas não para
não acaba por sua vontade
e não termina assim.
.
É isto aí!
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