quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Os genuínos defensores da liberdade são a ínfima minoria


Alto lá
Este texto não é meu
Confesso que copiei e colei
Fonte: Instituto Mises Brasil

Eis as 20 maiores lições que aprendemos até agora em 2020.

A principal: os genuínos defensores da liberdade são a ínfima minoria


1) Governos são totalmente capazes de fazerem o impensável, e de maneira repentina, sem nenhum plano de saída, nenhuma consideração para com custos econômicos e sociais, e com total desconsideração pelos mais básicos direitos individuais.

2) Nenhuma constituição efetivamente protege os cidadãos e garante seus direitos básicos. Elas se tornam irrelevantes quando governos declaram uma emergência.

3) O lobby empresarial é bem menos poderoso do que se imaginava.

4) Vários políticos se importam muito mais com seu poder pessoal do que com a opinião pública.

5) As pessoas, em grande parte, são muito menos preocupadas com suas liberdades do que era de se imaginar.

6) A esquerda progressista nunca realmente esteve preocupada com os pobres, e nunca esteve comprometida com liberdades civis. Nem sequer se preocupa com a privacidade individual e com a educação infantil.

7) A compreensão de conceitos econômicos básicos é algo raro.

8) Não existe um "consenso científico". Cientistas da mesma área discordam entre si, e às vezes até radicalmente, e muitas vezes por motivos puramente políticos.

9) A estrutura da lei, do direito e do estado é perfeitamente capaz de sofrer alterações dramáticas e até mesmo repentinas. As cortes superiores protegem os políticos e não os cidadãos.

10) A mídia perdeu completamente o manto da imparcialidade e da informação. Ela agora reporta apenas a narrativa que lhe interessa, e suprime todos aqueles que tenham uma visão distinta.

11) Credenciais profissionais são úteis, mas deixaram de ser decisivas para qualquer debate. Pior: passaram a ser usadas como armas.

12) A maioria das pessoas não possui a mais mínima ideia de como ler estatísticas e de como analisar números; para muitas, dados são apenas abstrações.

13) Praticamente nenhum grupo político ou grupo de interesse está genuinamente preocupado com os pobres, com a classe trabalhadora e com os grupos marginalizados — ao menos, não o bastante ao ponto de colocar os interesses deles acima da mera politicagem. 

14) Muito frequentemente, os "princípios" que as pessoas proclamam ter não passam de uma falsa sinalização de virtude, apenas para parecerem virtuosas e compassivas nas redes sociais.

15) A propagação da verdade está em desvantagem em relação à propagação de erros e mentiras.

16) A ciência já conhecida e estabelecida pode perfeitamente ser esquecida em uma geração.

17) Por mais que nossas instituições aparentem ser inteligentes e impressionantes, elas não foram criadas e nem muito menos são administradas por pessoas igualmente inteligentes.

18) O mercado é ainda mais impressionante do que eu jamais sonhei. A rapidez de empreendedores em se adaptar a condições exigentes e contrárias, ao ponto de nos manter vivos e com entretenimento, é algo que beira a ficção.

19) A saúde psicológica da maioria das pessoas está diretamente ligada aos seus direitos de posse e às suas liberdades. Tire uma, ou as duas, e as pessoas se desintegram emocionalmente.

20) A coragem moral individual é o tesouro mais precioso de uma sociedade. É tão rara quanto poderosa. No final, foram alguns poucos indivíduos quem se arriscaram para nos trazer informações relevantes sobre tudo e foram alguns poucos indivíduos que se arriscaram para nos manter alimentados e entretidos.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Você é doida demais!



Carta destinada à moça mais linda da Vila Pitanguinha, que tinha 15 anos quando fui embora.

Esqueci seu nome, acho que é Clotilde, mas eu te chamo de Flor Menina

Seu endereço ainda me lembro bem: é a terceira casa voltada para o sol poente, depois da Ponte Quebrada, subindo o Córrego do Pato. Na frente tem duas mangueiras centenárias e um pé de abacate. 

Prezada Flor Menina,

Como sabe, eu sei que sabe, pois se eu te vejo nos sonhos, tem que haver reciprocidade de mundos, você é parte integrante das minhas noites quando durmo, desde o dia que meus olhos varreram seu corpinho magro, dentro de um vestidinho surrado de algodão de sacaria de açúcar, e tranças feitas com lacinho de chitão.

Ocorreu que nos últimos sonhos você tem se portado de uma maneira bem esquisita. E quanto mais sonho, mais esquisita você fica. Baseado nestes acontecimentos que vejo quando durmo, estou começando a pensar que você perdeu o uso da razão, querida, seus atos sugerem que não mais tem sanidade mental. Age de forma insensata, sem refletir ou ponderar, tal como ouvi falar que só os loucos e dementes o fazem. 

Por exemplo, noite destas, num sonho lindíssimo, você agiu de forma desconexa com a realidade, sem refletir ou sequer ponderar, quando ofereci um mói de flor azul, linda, que colhi no caminho da sua casa. Recusou, falou que aquilo era flor de defunto. Pegou a zanzar prá lá e prá cá, batendo uma mão na outra e ali vi logo que tinha ali a doidice de nem sequer aceitar eu deitar o mói de flor azul aos seus pés magrinhos e angulares.

Noutro sonho, você estava exageradamente audaz, vestida de macacão cheio de barro, bota sete léguas, mascando fumo, e andando feito uma maluca pelo milharal procurando por morango silvestre que disse que sonhou que faria você voar. Deu de perceber sua alienação devido aos olhos de peixe morto e sorrisos de uma alegria abobada, sabe?

Trasanteontem eu fui na rua por causa de que tinha agendado uma consulta com a doutora do posto para falar do seu caso. Mas, Flor Menina, a doutora escutou ali, sentada, bateu uns olhos esquisitos na minha face, com características de quem se comporta de modo insano, destes que apresentam indícios de loucura e me encarou de uma maneira tão maluca, que voltei de ré antes mesmo dela abrir a boca e destravar a língua de uma forma com desfaçatez; daquelas que pessoas que não possuem juízo, falam.

Mas deu que cheguei em casa, tomei um sumo de couve com agrião e folha de maracujá com dois dedos de pinga de pitanga, enveredei na rede cuidando de não bater no banquinho com a cachaça e o copo, dei um pito no cachimbo com fumo de rolo curtido aqui mesmo, pigarreei uns catarros clarinho que dava gosto de ver, e fiquei matutando ali, sozinho comigo mesmo, na minha solidão acompanhada da sua ausência. Dei três suspiros dobrados, sendo o último com três paradinhas e proseei com a Vadia, nossa cachorrinha manca:

Vadia, a Flor Menina é doida demais, mas eu gosto muito muito da existência dela dentro de mim. Melhor aceitar assim do que doer sem ter ela por perto. Eu acho, Vadia, eu acho com certeza, que ela vai gostar de saber que eu gosto dela.

É isto aí!



segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Herodes


Fonte da Imagem: O Massacre dos Inocentes, Peter Paul Rubens, óleo sobre madeira, 1636-1638, Alte Pinakothek, Munique, Alemanha.


Nesta época, pós natal, ouvimos falar de Herodes, que mandou matar todas as crianças. E depois matou João Batista, depois matou Tiago, e recebeu Paulo para o julgamento e outros feitos, fatos e crimes aos quais é acusado, isto porque Herodes aparece em várias passagens. Na realidade, são seis homônimos na Bíblia e não um só Herodes. 

1 Herodes, o grande

O primeiro governante foi chamado/conhecido como Herodes, o grande, que governou toda a região da palestina entre 37 a.C a 4 d.C, quando faleceu. Esse Herodes foi o que mandou remodelar o templo de Zorobabel, criando o grande e famoso templo de Herodes. Ele também foi o governante que encontrou com os Magos na época do nascimento de Cristo (Mateus 2:1) e que mandou matar os meninos com menos de dois anos em Belém da Judeia (Mateus 2:16).

Herodes Arquelau, Herodes, Antipas, Herodes Felipe

Após a morte de Herodes, o grande, os seus três filhos Herodes (Arquelau, Antipas e Felipe), assumiram cada um algumas partes do reinado do pai.

2 Herodes Arquelau 
Governou a região da Judeia, Samaria, e Idumeia entre os anos de 4 a.C a 6 d.C. Vemos a menção sobre ele em Mateus 2:22: “(José) Tendo, porém, ouvido que Arquelau reinava na Judeia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e, por divina advertência prevenido em sonho, retirou-se para as regiões da Galileia”.

3 Herodes Antipas 
Governou a Galileia e a Pereia de 4 a.C a 39 d.C. É mencionado na Bíblia tendo graves problemas com João Batista e manda decapitar João Batista (Mateus 14:1-12). Jesus o chamou de raposa: “Naquela mesma hora, alguns fariseus vieram para dizer-lhe: Retira-te e vai-te daqui, porque Herodes quer matar-te. Ele, porém, lhes respondeu: Ide dizer a essa raposa que, hoje e amanhã, expulso demônios e curo enfermos e, no terceiro dia, terminarei” (Lucas 13:31-32).

4 Herodes Felipe 
Governou a região que ficava a nordeste do lago da Galileia, isto é, Itureia, Gaulanites, Bataneia, Traconites e Auranites do ano de 4 a.C a 34 d.C. Temos na Bíblia um relato de Lucas sobre ele: “No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia, Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da região da Itureia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene” (Lucas 3:1)

5 Herodes Agripa I

Governou de 41 d.C a 44 d.C sobre toda a terra de Israel, da mesma forma que o primeiro Herodes, o grande. Ele foi quem ordenou a morte de Tiago: “Por aquele tempo, mandou o rei Herodes prender alguns da igreja para os maltratar, fazendo passar a fio de espada a Tiago, irmão de João” (Atos 12:1-2).

6 Herodes Agripa II

Governou a região que era praticamente a mesma de Herodes Felipe, entre os anos de 50 d.C a 70 d.C. O apóstolo Paulo esteve diante desse Herodes para fazer a sua defesa e foi ele quem disse a Paulo que quase se tornou um cristão após ouvir o testemunho incrível de Paulo: “Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão” (Atos 26:28).

domingo, 27 de dezembro de 2020

Papa anuncia Ano da Família: 'Que o perdão prevaleça sobre as discórdias'

 

O papa Francisco anunciou neste domingo (27/12) um Ano da Família, dedicado ao espaço da família na Igreja, ao acompanhamento dos casais no matrimônio e às dificuldades da vida conjugal.

O anúncio foi feito durante a oração do Angelus, cinco anos após a exortação do sumo pontífice sobre o amor na família: "Amoris Laetitia".

O Ano da Família começará em 19 de março de 2021, Dia de São José, e terminará em 26 de junho de 2022, durante o 10º Encontro Mundial das Família, em Roma.

Em sua homilia dominical, Francisco destacou amplamente, da biblioteca do palácio apostólico do Vaticano, "o valor educativo do núcleo familiar (...) fundado no amor".

Ele pediu às famílias que priorizem "o perdão sobre a discórdia". "Na família há três palavras que devem ser sempre protegidas: 'permissão', 'obrigado', 'perdão'", completou.

"Na família é possível experimentar uma comunhão sincera quando esta é uma casa de oração, quando os afetos são sérios, profundos, puros, quando o perdão prevalece sobre as discórdias, quando a dureza cotidiana da vida é suavizada pela ternura mútua e pela serena adesão à vontade de Deus", disse.

O dicastério (ministério) para os laicos, a família e a vida publicou 12 propostas que as paróquias e dioceses devem colocar em prática.Continua depois da publicidade

Trata-se de reforçar "a pastoral da preparação para o matrimônio", de ajudar de melhor maneira os casais após a união e na educação de seus filhos, criar círculos de reflexão e palavras sobre "a beleza e as dificuldades da vida familiar", e também de apoiar os casais em crise e as "famílias feridas".

No momento em que os países da União Europeia (UE) iniciam neste domingo as campanhas de vacinação contra a pandemia de covid-19, o papa também fez uma homenagem aos profissionais da saúde, e em particular aos casais e famílias que sofrem as dificuldades no contexto da pandemia.

"Meu pensamento vai em particular para as famílias que perderam nestes meses um parente ou foram submetidas a um duro teste pelas consequências da pandemia", disse.

"Penso também nos médicos, enfermeiros e todos os profissionais da saúde cujo grande compromisso na linha de frente da luta contra a propagação do vírus teve repercussões significativas sobre sua vida familiar", concluiu.

Fonte da matéria: Jornal Estado de Minas

O Mago da Pitangueira - Não existirão heróis em 2021



Último domingo de 2020. Fui visitar o Mago da Pitangueira para saber como será o Ano que se aproxima.

- Saudações, Mestre, vim para apreciar sua sabedoria quanto ao ano novo.

- Veio buscar o que não tenho, não sou mais sábio que esta rocha ao meu lado. 

- Como assim, Mestre?

- Ela tem tantos átomos quanto eu, tanta massa quanto meu corpo comporta, mas interage com a luz e as trevas da mesma forma, incólume, e está aí com sua sabedoria a milhões de anos em completo silêncio. Graças a isto, a tudo observa e supera todas as intempéries, seguindo seu destino e guardando sua dignidade.

-Mestre, guardadas as devidas proporções entre seu ser e estar e o desta rocha, o que sente quanto ao ano que vem?

- Neste sentido digo que não será um ano monolítico, monotemático e tenso como este que se encerra. Em 2020 tudo girou - supostamente - em torno de um único processo., que se arrastará com consequências múltiplas nas áreas sociais, espirituais, econômicas, sanitárias, etc. e tal, sempre sob a astúcia de atos humanos que somente serão percebidos quando expostos, apesar de estarem guardados há alguns anos, esperando a oportunidade de atuarem.

- Mestre, o que podemos fazer para impedir estas catástrofes?

- Ouça, meu bom homem, 2021 será inevitavelmente repleto de esperanças, afinal é um Ano Novo. Será assim como quando recebemos na porta um parente distante que está de passagem num dia de grandes tormentas, com o qual não temos afeto, nem diálogo, mas acumulamos desgastantes e complicadas experiências negativas. Querendo ou não, ele vai entrar, trazendo consigo a bagagem da dor, molhando o piso e espalhando lama no tapete da sala, antes mesmo que falemos qualquer coisa.

- Mestre, teremos um bode na sala?

- Antes fosse um bode, afinal, a parábola do Bode na Sala serve para vermos o que não víamos, e 2021 já começará num grande desafio mundial, quer no campo político, quer no campo da saúde pública. O Ano Novo não fará isto de permitir que vejamos o que não pode ser visto. Não permitirá que abramos espaço para novas perspectivas. Para adoçar e iludir, terá bebidas e pratos distintos para todos os apetites, quer sejam do bem, quer sejam do mal, dependendo de quem aprecia. 

- Então foi por isto que o senhor iniciou sobre a parábola da rocha?

- Exatamente, sejamos sábios. Um espada pode bater inúmeras vezes numa rocha para que ela decline, e aquela rocha, no seu silêncio sempre será mais forte que a espada, com as cicatrizes que a vida coloca na sua superfície , tal qual as que carregamos na alma pelas espadas que nos atingem. O tempo fará a sua parte. Vivemos tempos onde o silêncio é o recurso da sabedoria. Não existirão heróis em 2021.

É isto aí!

sábado, 26 de dezembro de 2020

O jogo do final do ano



A Rádio Pitangueira passa a transmitir direto do monumental Estádio da Pitanga, o tradicional jogo Solteiros X Casados da comunidade local, realizado desde 1972. Martelo Marreta, o nosso MM, é com você!!!

Obrigado, Bigorna Talento, nosso BT, aqui está tudo pronto. Todo mundo em campo. No time dos casados, com a direção técnica de Andrioswaldo Marquentes,  temos no gol o Roberto Alvez, na zaga a dupla Roberto Freitas e Roberto Galvinho, na lateral esquerda o Pedro Manco, na lateral direita o Pedro Canhoto, no meio temos João Jaerton, José Jairton e Jair Jaldison. O ataque é composto pelo famoso e goleador trio Emanoel Lindnelson, Manoel Grasportan e Manuel Erlóquio. Agora a escalação dos solteiros com Machado Longuinho, o nosso ML.

ML - Bigorna, os solteiros, sob o comando técnico do Beto, vão com Zeca no gol, a zaga com Lipe e Leo, a lateral esquerda com Gegê, a lateral direita com Pepê. O meio de campo com Toninho, Paulinho e Luizinho. No ataque temos Nando, Dedé e Mário.

MM - Bigorna Talento...

BT - Fala, Martelo Marreta, o rei do rádio!!

MM - Tem um novato no time dos solteiros, Bigorna, o Mário ...

BT - Mário, que Mário, Martelo????

MM - Eu, hem!! Me inclua fora deste negócio, Bigorna. Fala aí Machado Longuinho.

ML - Aqui tudo certo, todo mundo no seu lugar. Juiz, as duas bandeirinhas, o quarto, o quinto e o sexto árbitro, a ambulância com as equipes de socorro e de resgate, os cento e vinte seguranças, fotógrafos, repórteres de campo, jornalistas, cinegrafistas, drones, e já falei das bandeirinhas? Meu santinho das bandeiras laterais, que bandeirinhas são estas, Bigorna Talento?

BT - O juiz apita e começa o jogo com os casados. 

MM - 30 minutos do segundo tempo e segue Zero a Zero. E olha lá... - Bigorna, a bandeirinha vermelha está acenando feito uma louca, do outro lado do campo. 

ML - O juiz para a partida, corre em direção a bandeirinha, que aponta para o time dos solteiros.

MM - Confusão geral, a equipe dos solteiros corre toda em cima da bandeirinha.

BT - O juiz peitou dois jogadores e expulsou Paulinho.

ML - Bigorna, o que está acontecendo aí?

BT - O Paulinho é casado, pai de três crianças e a bandeirinha recebeu a denúncia já em campo, por uma torcedora.

MM - Ihhhh, rapaz, o Paulinho correu no sentido da arquibancada e  partiu para cima de um casal. A turma da  segurança agiu rápido e e colocou o cidadão para fora.

ML - Recomeça a partida. 43 minutos do segundo tempo. O juiz deu lateral para os casados e gol... que é isto? O Pedro Canhoto bateu o lateral, Toninho dos solteiros deu um bico para a frente e encontrou o gol vazio, pois o goleiro dos casados estava brincando com suas duas filhinhas atrás do gol.

BT - Bate-boca entre os casados, dedo no nariz, empurrão, ihhh..., rapaz, o juiz expulsou por atitude antidesportista o Roberto Galvinho, da zaga dos casados.

MM - Machado, o Mário está pegando o meio campo dos casados com golpes de arte marcial. De Kung-Fu a Capoeira, o Mário bate, hem, Bigorna?!! Dois jogadores dos casados cairam... e o Mário, que é isto Mário?

ML - Caramba, todo mundo agora correndo no Mário, o pau está quebrando em campo, que coisa feia. E, olha lá, olha lá, a bola vai entrando devagarinho ... goooooooollllllll dos casados!!! O jogo não foi paralisado e o goleiro deu um chutão que atravessou o campo e assinalou 1X1.

BT - Os solteiros correm todos para a bandeirinha, e olha, que bandeirinha ...Leo, o zagueiro que não perde viagem, chegou na moça, falou alguma coisa e agora estão abraçados ..., Machado, ele está pedindo a moça em casamento ... ela anulou o gol ...

MM - Machado, agora os casados pressionam o Juiz, que olha para cima, aponta algo no céu e termina a partida...

É isto aí!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Feliz Natal


*A foto é da capa do Geraes, um álbum de 1976 do cantor, violonista e compositor brasileiro Milton Nascimento.

O Reino da Pitangueira deseja a todos vocês que creem que é possível o impossível na pessoa de Jesus, e você em especial, que vem sempre aqui ver nossas vitrines, ler nossas crônicas, casos e publicações outras, um FELIZ NATAL.

Sabemos que 2020 não foi fácil para ninguém, mas Fé, Esperança e Caridade ajudam a amenizar. Nosso desejo é ver este mundo melhor, as pessoas amando o próximo como a si mesmas e transmitindo paz, harmonia, felicidade e senso de cidadania, com respeito e dignidade a todos os povos, raças e credos, almas, gestos, cor, e natureza.

De toda a equipe do Eu e Eu mesmo vai daqui um grande abraço!!!!!!


Autor - Dostoiévski



É isto aí!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

A noite do Natal




A noite do Natal 
acontece todo dia
quando renasce em mim
a esperança 
ainda que tardia.


É isto aí!


 


quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

O Nascimento de Jesus (O Evangelho como me foi revelado - Maria Valtorta)


Maria Valtorta (14 de março de 1897 - 12 de outubro de 1961) foi uma mística católica italiana, que produziu mais de 15.000 páginas manuscritas em 122 cadernos sobre a história de Jesus, relatada pelo próprio Cristo, paraplégica e acamada.

Fonte:

 http://aparicoesdavirgemmaria.blogspot.com/2018/12/o-nascimento-de-jesus-segundo-as.html


6 de Junho de 1944.

Vejo ainda o interior deste pobre refúgio rochoso, onde José e Maria encontraram o abrigo que compartilharam com animais.

Um pequeno fogo está cochichando junto com o seu guardião. Maria levanta um pouco a cabeça, e olha. Vê José com a cabeça inclinada sobre o peito, como se estivesse pensando, e ela mesma também fica pensando que o cansaço possa ter vencido a boa vontade que ele tem de ficar o tempo todo acordado. Maria sorri com um sorriso cheio de bondade e, fazendo menos barulho que uma borboleta, se põe sentada e, depois de sentada, se põe de joelhos. E reza com um sorriso feliz em seu rosto. Reza de braços abertos, não propriamente cruzados, mas quase, e com as palmas viradas para o alto e para frente, e nem parece ficar cansada naquela penosa posição. Depois, se prostra com o rosto contra o feno, em uma oração ainda mais intensa. É uma longa oração.

José desperta. Vê que o fogo está quase apagado e a gruta está ficando escura. Joga um punhado de gravetos bem finos, e a chama se ergue de novo; procura depois uns galhos mais grossos, porque o frio deve ser de gelar. É o frio da noite severa de inverno, que estar por todos os lados da gruta. O pobre José, perto da porta (chamamos assim de porta a abertura sobre a qual está estendido seu manto) deve estar se enregelando. Ele aproxima as mãos da chama, desata as sandálias, aproxima também os pés. Procura aquecer-se. E, quando o fogo já está bem vivo, sua luz firme, vira de costas. Mas agora não vê nada, nem mesmo a brancura do véu de Maria, que antes formava uma linha clara sobre o feno escuro. Põe-se de pé, lentamente, vai-se aproximando da enxerga.

- Não estás dormindo, Maria?" - ele pergunta.

Faz a mesma pergunta três vezes, até que Maria estremece, e lhe responde:

- Estou rezando.

- Não estas precisando de nada?

- Não, José.

- Procura dormir um pouco. Ou, pelo menos, descansar.

- Vou procurar. Mas rezar não me cansa.

- Até logo, Maria.

- Até logo, José.

Maria volta à sua posição. José, para não cair de novo no sono, põe-se de joelhos perto do fogo, e reza. Reza apertando as mãos sobre o rosto. Tira-as, cada vez que ele precisa ir alimentando o fogo, e depois volta à sua fervorosa oração. Com exceção do barulho da lenha que crepita no fogo e do burrinho que, de vez em quando, bate um casco no chão, não se houve mais nada. Um pouco de luar está entrando por uma fenda do teto, e parece uma lâmina de alguma prata imaterial, que se vai aproximando de Maria. A lâmina vai-se alongando, à medida que a lua vai ficando mais alta no céu e, finalmente a alcança. Agora, já está sobre a cabeça da orante, ornando-a com uma auréola de luz.

Maria levanta a cabeça, como se tivesse sido chamada por uma voz do céu e se põe de novo de joelhos. Oh! Como é belo aqui. Maria ergue de novo a cabeça que parece estar brilhando, a luz branca da lua, e um sorriso não humano a transfigura. Que é que ela estará vendo? Que estará ouvindo? Que estará experimentando? Somente Ela poderia dizer o que está vendo, ouvindo e o que experimentou na hora esplendorosa da sua Maternidade. Eu vejo apenas como, ao redor Dela, a Luz cresce, cresce, vai crescendo sempre mais. Parece descer do Céu, parece sair das pobres coisas que estão ao redor Dela, mas parece ainda mais que emanem Dela mesma, ainda mais.

Sua veste, de um azul escuro, parece agora de um suave celeste de miosótis. Suas mãos e seu rosto parecem ficar de um azul muito delicado, como os de alguém que fosse colocado sob o foco de uma imensa safira clara. Esta cor me faz lembrar, ainda mais tênue, as cores que eu vejo do Santo Paraíso, e também a cor que eu vi na visão da chegada dos Magos, uma cor que se vai difundindo por sobre as coisas todas e as vestes, e as vai purificando todas, e tornando-as resplandecentes.

A luz, que se desprende sempre mais do corpo de Maria, absorve a luz da lua, e parece que Ela atrai para si toda a luz que lhe pode vir do céu. Agora Ela já é a Depositária da Luz. É Ela que deve dar esta Luz ao mundo. E esta Luz beatífica, incontrolável, imensurável, eterna e divina, está para ser dada, e se anuncia como uma aurora, uma luz que vem crescendo, como um coro de átomos que vem aumentando, aumentando, como a maré que sobe, e sobe como a nuvem do incenso, para descer depois como uma enchente e estender-se como um véu...

O teto, cheio de fendas, teias de aranha, de entulhos que em cima se estendem para frente, e que estão em equilíbrio por um milagre de estática, esse teto que estava antes tão enegrecido, esfumaçado e repelente, está parecendo agora o teto de uma sala real. Cada uma das grandes pedras é um bloco de prata, cada fenda é como um lampejar de opalas, cada teia de aranha é um baldaquim precioso, confeccionado com prata e diamantes. Uma lagartixa grande e verde, que está dormindo em letargia entre duas pedras, parece um colar de esmeraldas esquecido lá por uma rainha. Um cacho de morcegos, também em letargia, parece um precioso lampadário de ônix. O feno que está na manjedoura de cima, já não é mais uma erva: são fios e mais fios de prata pura, que tremulam no ar com a graça de uma cabeleira solta.

A manjedoura de baixo está com sua madeira de cor escura transformada em um bloco de prata brunida. As paredes estão cobertas de um brocado no qual a alvura da seda desaparece sob o bordado opalino do relevo, e o solo.. Que é o solo agora? É como um cristal que tem acendido em si uma luz branca. As saliências são como rosas de luz projetadas em homenagem ao solo; e os próprios buracos são vasos preciosos, de onde devem emanar aromas e perfumes.

E a luz vai-se tornando cada vez mais forte. Ela já está insuportável para a nossa vista. A Virgem desaparece nela, como se estivesse sendo absorvida por um véu incandescente.. E dele surge a Mãe.

Sim, quando a luz volta a ser suportável aos meus olhos, vejo Maria já com o Filho recém-nascido nos braços. Um pequenino, todo róseo e gorducho, que agita os braços e esperneia. Tem as mãozinhas do tamanho de botões de rosa e seus pezinhos caberiam na corola de uma rosa. Ele solta vagidos em sua vozinha tremula, como um cordeirinho que acaba de nascer, abrindo a boquinha, que mais parece um moranguinho selvagem e mostrando a lingüinha que bate repetidamente contra o véu palatino. Move a cabecinha loira, que me parece quase sem cabelos, essa cabecinha redonda que a Mamãe sustenta na palma da mão, enquanto olha o menino e o adora, chorando e rindo ao mesmo tempo e se inclina para beijá-lo não em sua cabecinha, mas em seu peito, onde está batendo seu coraçãozinho, batendo por nós. É nesse coração que um dia haverá uma Ferida. E Maria, com antecipação, já medica tal ferida, com seu beijo imaculado de Mãe.

O boi, despertado pela claridade, levanta-se, fazendo um grande barulho com seus cascos, e muge, enquanto o burrinho vira a cabeça e urra. É a luz que os desperta, mas eu gosto de pensar que eles quiseram saudar o Seu Criador, por si mesmos, mas também por todos os animais.

Também José que, quase extasiado, estava rezando de um modo tão recolhido, que nem sabia dar notícia do que estava acontecendo ao redor dele, também ele volta a si da oração e, por entre os dedos das mãos, que estão unidas sobre o rosto, vê filtrar-se aquela estranha luz. Tira, então, as mãos do rosto, levanta a cabeça e se vira para trás. O boi, que agora se pôs de pé, está escondendo Maria. Mas ela diz: "José, vem cá".

José se aproxima dela. E, ao ver, pára dominado por um sentimento de reverência, e está para cair de joelhos lá mesmo no lugar em que está. Mas Maria insiste, dizendo: "Vem cá, José" e, firmando a mão esquerda sobre o feno, com a direita Ela segura apertado contra o seu coração o menino e se levanta, indo ao encontro de José, que vem caminhando à maneira de um trôpego, embaraçado por causa do contraste entre o seu desejo de andar e o temor de estar sendo irreverente. Aos pés do catre, os dois esposos se encontram e olham um para o outro num só e feliz pranto.

"Vem, vamos oferecer Jesus ao Pai", diz Maria. E, enquanto José se ajoelha, Ela se põe de pé entre dois troncos que sustentam o teto, levanta o Filho em seus braços, e diz: "Eis-me aqui, senhor. Por Ele, o Deus, eu te digo esta palavra. Eis-me aqui para fazer a tua vontade. E com Ele, eu, Maria e José, meu esposo. Eis-nos aqui, nós teus servos, senhor! Seja feita sempre por nós, em toda a hora e em todos os acontecimentos, a tua vontade, para a tua glória e pelo teu amor".Depois, Maria se inclina e diz: "Pega-o, José", e lhe oferece o Menino."Eu? E tu o entregas a mim? Oh! Não! Eu não sou digno". José está completamente apavorado, e se sente aniquilado, só diante da idéia de ter que tocar em Deus.

Mas Maria insiste com ele, sorrindo: "Tu és bem digno disso, sim. Ninguém o é mais do que tu. Por isso é que o Altíssimo te escolheu. Toma-O, José, e segura-O, enquanto eu vou buscar as roupinhas."

José, vermelho como escarlate, estende os braços e pega aquele embrulhinho de carne que está gritando de frio, e quando já está com Ele nos braços, não se deixa mais levar pela vontade de tê-lo afastado do corpo pelo respeito, mas o aperta ao coração, dizendo numa grande explosão de pranto: "Oh! Senhor! Oh! meu Deus!".

Ao inclinar-se para beijar-lhe os pezinhos, percebe que eles estão frios e, então, senta-se no chão e o põe em seu colo e, com a veste marrom e com suas mãos, procura cobri-lo, aquecê-lo e defendê-lo do vento frio da noite. Ele bem que gostaria de ir para perto do fogo, mas por lá passa aquela corrente de ar, que entra pela porta. É melhor ficar entre os animais que servem de escudo contra o ar, e que produzem calor. E, assim pensando, vai ficar entre o boi e o jumento, e se coloca com as costas para a porta, inclinando-se sobre o Recém-Nascido, fazendo do seu peito um nicho, cujas paredes laterais são: uma cabeça cinzenta com longas orelhas e um grande focinho branco, com um nariz que solta um vapor quente, e com os olhos úmidos e cheios de bondade.

Maria abriu o baú, e dele tirou linhos e cueiros. Depois foi para perto do fogo e aqueceu os paninhos. Agora Ela vai a José, envolve o Menino naqueles tecidos mornos e no seu véu para proteger-lhe a cabecinha.

"Onde vamos colocá-lo agora?", ela pergunta.

José está olhando ao redor, pensativo...

"Espera", diz ele. "Vamos afastar os animais um pouco para lá, e o feno deles também. Depois jogamos para baixo aquele feno que está lá em cima e o colocamos aqui dentro. A madeira da beirada protegerá o Menino do ar frio, o feno lhe servirá de travesseiro, e o boi com seu hálito o aquecerá um pouco. Para isso é melhor o boi. Ele é mais paciente e sossegado". E José põe mãos à obra, enquanto Maria nina o seu Menino, apertando-o ao coração, e conservando sua face sobre a cabecinha para dar-lhe mais algum calor.

José atiça o fogo, sem economizar mais a lenha, para conseguir uma boa chama, esquentar o feno, e à medida que o vai enxugando, para que não se esfrie, o vai colocando no peito. Depois, quando já apanhou o bastante para fazer um colchãozinho para o Menino, vai até à manjedoura e o põe, de modo a tomar a forma de um pequeno berço.

"Está pronto", diz ele. "Agora precisaríamos de uma coberta, para cobrir o Menino, pois o frio está forte."

"Toma o meu manto", diz Maria.

"Mas tu ficarás com frio"

"Oh! Não faz mal! O cobertor é áspero demais. O manto é macio e quente. Eu não tenho frio algum. Mas quero que Ele não sofra mais!".

José pega, então o grande manto de lã macia, de cor azul clara, e o coloca dobrado sobre o feno, com uma beirada que fica pendurada para fora da manjedoura. Assim, o primeiro leito do Salvador ficou pronto.

 a Mãe, com passos cheios de graça e de doçura, o leva e lá o coloca com a beirada pendente do manto, ajeitando-o também ao redor da cabecinha descoberta que já começou a afundar-se no feno, protegida contra sua aspereza apenas pelo leve véu de Maria. Permanece descoberto somente o rostinho do tamanho do punho de um homem, e os dois, inclinados sobre a manjedoura, o ficam olhando felizes, enquanto Ele dorme o seu primeiro sono, porque o calor bom dos cueiros e do feno lhe acalmou o choro, e o doce Jesus conciliou o sono.

Maria diz:

"Eu te havia prometido que Ele te traria a paz. Estás lembrada da paz que havia em ti nos dias de Natal? De quando Me vias com o Meu Menino? Aquele era o teu tempo de paz. Agora é o teu tempo de sofrimento. Mas tu o sabes. É no sofrimento que se conquista a paz e toda graça para nós e o próximo. Jesus-Homem revelou-se Jesus-Deus, depois do tremendo sofrimento da Paixão. Revelou-se como a Paz. Paz no Céu, do qual Ele tinha vindo, derramada sobre aqueles que no mundo O amam. Mas, nas horas da paixão, Ele, a Paz do mundo, foi privado dela. Não teria sofrido, se tivesse tido a paz. Mas devia sofrer. Sofrer de modo completo.

Eu, Maria, redimi a mulher com a minha maternidade divina, Mas isso não foi mais que o início da redenção da mulher. Negando-me todo prazer de concupiscência, e merecido a graça de Deus. Isso, porém ainda não bastava. Porque o pecado de Eva era uma árvore de quatro ramos: soberba, avareza, gula e luxúria. Todos os quatro deviam ser cortados, a fim de esterilizar a árvore desde as raízes.

Humilhando-me profundamente, eu venci a soberba.

Humilhei-me diante de todos. Não estou falando da minha humildade para com Deus. Esta é devida ao Altíssimo por toda criatura. O Verbo de Deus a teve. Eu, uma Mulher, a devia ter. Mas terás já refletido por quantas humilhações da parte dos homens eu tive que passar, sem me defender de modo nenhum? Até José, que era justo, me havia acusado em seu coração. Os outros, que não eram justos, tinham pecado por murmuração a respeito do meu estado, e o barulho dessas palavras veio, como uma onda amarga, quebrar-se contra a minha natureza humana.

Foram estas as primeiras das infinitas humilhações que a minha vida, como Mãe de Jesus e do genero humano, me fizeram sofrer. Humilhações de pobreza, humilhações de uma fugitiva, humilhações pelas censuras dos parentes e amigos que, não sabendo a verdade, julgavam fraco o meu modo de ser mãe para com o meu Jesus, quando Ele se tornou jovem. Humilhações durante os três anos do seu ministério, humilhações cruéis na hora do Calvário, humilhações até em ter que reconhecer que eu não tinha com que comprar o lugar e os aromas, para a sepultura do Meu Filho.

Eu venci a avareza dos Progenitores, renunciando antecipadamente ao Meu Filho.

Uma mãe não renuncia nunca ao seu filho, a não ser que seja forçada. Se essa renúncia for solicitada ao seu coração pela Pátria, pelo amor de uma esposa, ou até pelo próprio Deus, ela sente o desejo de insurgir-se contra a separação. É natural. O filho cresce em nosso ventre, e nunca é completamente cortada a ligação que sua pessoa tem com a nossa. Mesmo depois de ter cortado o canal vital que é o cordão umbilical, sempre fica um elo espiritual, que nasce no coração da mãe, mais vivo e sensível do que o elo físico, o qual se introduz no coração do filho, esticando até à dor, se o amor de Deus, de uma criatura, da Pátria afasta o filho da própria mãe. Este elo se despedaça, dilacerando o coração, se a morte arrebata o filho de sua mãe.

Eu renunciei ao meu Filho, desde o momento em que O tive. Dei-O a Deus. Dei-O a vós. Eu me despojei do Fruto do meu ventre, para reparar o furto cometido por Eva, do fruto de Deus.

Eu venci a gula, tanto do saber como do gozar, aceitando saber unicamente o que Deus queria que eu soubesse, sem perguntar a mim mesma nem a Ele nada mais, além do que foi dito. Acreditei sem investigar. Venci a gula do gozar, porque neguei a mim mesma nem a Ele nada mais, além do que foi dito. Acreditai sem investigar. Venci a gula do gozar, porque neguei a mim mesma todo sabor de sensualidade. Pus minha carne debaixo dos meus pés. Confinei a carne, instrumento de satanás, colocando satanás debaixo do meu calcanhar, a fim de fazer da carne um degrau para aproximar-se do Céu. O Céu! Ele era a minha meta. Era lá que estava Deus. Deus, a minha única fome. Fome esta que não é gula, mas sim, necessidade abençoada por Ele, o qual quer que a tenhamos.

Eu venci a luxúria, que é a gula, convertida em voracidade, porque todo vício não contido conduz a um vício maior. A gula de Eva, além de reprovável em si mesma, a conduziu à luxúria. Não lhe bastou procurar a satisfação sozinha. Quis levar o seu delito até uma refinada intensidade, conhecendo e se fazendo mestra de luxúria para o companheiro. Eu inverti os termos e, em lugar descer, sempre subi. Em lugar de fazer descer, eu sempre atraí para o alto, e do meu companheiro, um homem honesto fiz um anjo.

Agora eu possuía Deus, e com Ele as Suas riquezas infinitas, apressei-me a despojar-me delas, dizendo: "Que seja feita a tua vontade para Ele e por Ele". Casto é aquele que se auto contém, não só na carne, mas também nos afetos e nos pensamentos. Eu devia ser a casta, para anular a impudica da carne, do coração e da mente. Não saí da minha reserva, para dizer a respeito do meu único Filho na terra e único Filho de Deus no Céu: "Ele é meu, e eu O quero".

Contudo, isso não bastava para obter para a mulher, a paz perdida por Eva. Aquela paz eu vo-la obtive aos pés da Cruz. Ao ver morrer Aquele que tu viste nascer. Ao sentir minhas entranhas sendo arrancadas, ao grito do meu Filho que estava morrendo, fiquei vazia de todo feminismo: não mais carne, mas anjo. Maria, a virgem desposada com com o Espírito, morreu naquele momento. Ficou a mãe da graça, aquela que do seu tormento gerou e vos deu a Graça. O gênero da mulher que eu tinha voltado a consagrar na noite de Natal, aos pés da Cruz conseguiu se tornar criatura dos Céus.

Fiz isso por vós, negando-me qualquer satisfação, ainda que santa. Eu fiz de vós, se o desejais, santas de Deus, vós que fostes reduzidas por Eva a fêmeas não superiores às companheiras dos animais. Por vós eu subi. Como fiz com José, eu vos levei para o alto. A rocha do Calvário é o Meu Monte das Oliveiras. Foi dali que eu tomei o impulso para levar a alma da mulher aos céus, de novo santificada, junto com minha carne glorificada, por ter trazido o Verbo de Deus, e anulado em mim todo vestígio de Eva. Ela foi a última raiz daquela árvore dos quatro ramos venenosos, com a raiz fincada na sensualidade, que arrastou a humanidade à queda e que haverá de morder as vossas entranhas, até o fim dos séculos, até a última mulher. De lá, de onde agora eu brilho no raio do Amor, eu vos chamo, e vos indico o remédio para vós vencerdes a vós mesmas: a graça do Meu Senhor e o Sangue do Meu Filho.

E tu, minha porta-voz, repousa a tua alma na luz desta aurora de Jesus, a fim de que tenhas força para futuras crucificações, que não te serão poupadas, porque te queremos aqui, para onde se vem através da dor; e para tão mais alto se vem, quanto mais se suporta o sofrimento, a fim de obter graça para o mundo.

Vai em paz. Eu estou contigo".

(Excertos do Primeiro Livro: O Evangelho como me foi revelado, onde Nosso Senhor e Maria Santíssima revelam Suas Vidas a Grande Mística Maria Valtorta, das paginas 167 a 175.)

Os especialistas



Não faltam especialistas no mundo, estão em todas as partes, sempre se antecipam ao seu comentário e selam sua sabedoria esplêndida diante de estupefatos ignorantes que somos. Vejamos alguns casos que comprovam com larga veracidade este raciocínio - atenção - não sei se estou certo disto, pode ser que esteja equivocado, afinal não sou um especialista em especialistas.

Na Feira Livre:
Aqui há uma supremacia de gênero. Mulheres raramente dão palpite na compra das outras pessoas. Homens geralmente sempre se intrometem a sua escolha, falam que está ruim, que a procedência não é boa, que a aparência está doentia, etc. Alguns batem na fruta, legume ou tubérculos e provam que o som emitido indica mal estado interior.

No Supermercado:
Mulheres são especialistas na relação preçoXqualidade e homens são especialistas na relação qualidadeXsabor/prazer. Mas raramente opinam nas compras de outras pessoas, contrariamente às Feiras Livres. 

Nas Concessionárias de Automóveis
Nunca leve um mecânico numa concessionária. É como ler a bula do seu medicamento.

Nos Restaurantes
Clientes habituais tendem a comer sempre a mesma coisa. Não servem de parâmetro. Restaurantes exigem muita concentração para o bom prato. Gosto, Paladar, Cheiro, Sensações, Cores, Sensualidade da comida no prato, combinações, etc. são de cunho estritamente pessoal. Não confie em especialistas deste ou daquela ambiente.

Na Moda
Especialistas nesta área vivem o conflito do consumo consciente desta geração Milênio/XXI. Tudo pode, tudo cai bem, tudo contrasta e tudo combina, menos a mais famosa cor top dos tops da alta moda descolada, encontrada nas roupas, cabelos, acessórios e sapatos -  a Cor Magenta, que não existe no espectro. É apenas uma ilusão provocada na visão entre os cones receptores de vermelho e azul, que interpretam como a ausência de verde, sua cor complementar. Mas especialistas vão jurar para você que ela existe, por que você a vê, ou não, mas não interessa, é sua mente criando a moda.

É isto aí!





domingo, 20 de dezembro de 2020

O ciclo do aro da vida.


João Terêncio noivou com Ritinha até as 21H59min, levantou-se como um enfardado em toque de alerta, bateu continência e partiu para a rua. Subiu na sua Phillips 1937, de aro 28 com pneus Dunlop com câmara, lanterna e dínamo Miller, a tempo de dar adeus, com um leve aceno, para a amada.

Tomou rumo da Avenida dos Ipês, passou pela Matriz, contornou a prefeitura, desceu a Ruinha da Víúva, atravessou o Beco do Borges e chegou na Casa Bastira, local onde os ricos, coronéis e mandatários se reuniam à noite para beber e se divertir entre e  com as moças da casa.

Era crooner e tocava Sax na banda. Nos intervalos namorava com Bendita, uma mocinha linda perdida por um doentio antro familiar. Jurava todas as as noites tira-la dali. Deu-se que apaixonou pela moça e não sabia como terminar com Ritinha, marcada para casamento dali a seis meses, no insubstituível maio.

Numa noite de estrelas e lua nova, chamou Bendita nos fundos, mostrou a rua e a bicicleta, ela sentou no quadro e fugiram para local incerto e não sabido, até chegarem no Rio de Janeiro, onde foram felizes para sempre, por alguns anos, até que reencontrou Ritinha no Cassino da Urca.

João Terêncio deu de apaixonar pela ex-noiva, que deu corda até ele se perceber envolvido com ela numa casa instalada no Meier. Numa noite de chuva e ventos fortes saiu sem rumo até se ver distante de tudo. Voltou para sua terra natal, onde já não existia mais a Casa Bastira, tudo estava abandonado, a Rua do Comércio colapsada, a casa onde nasceu e cresceu, abandonada e o mato tomando conta das praças. 

Decidiu não se apaixonar mais, até conhecer Lua Clara e viveram felizes para sempre, até ver Bendita descendo do ônibus na Praça da Matriz ...  

É isto aí!



 

 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

A crise instalada no Sistema Eleitoral americano



Alto lá
Este texto não é meu
Confesso que copiei e colei
Fonte original: Site italiano Byoblu


Primeira Parte - A crise instalada no Sistema Eleitoral americano

1.1 - Roberto Mazzoni:

Roberto Mazzoni é um jornalista e tradutor que há anos vive nos Estados Unidos. O site italiano Byoblu decidiu contatá-lo para tentar ter uma ideia de como poderia desenvolver a atual situação política norte-americana. Partindo das hipóteses extremas:

Pode chegar-se à lei marcial parcial, onde as eleições são refeitas sob a supervisão dos militares. Ou: se surgirem situações de traição (um acordo com países estrangeiros para alterar o resultado), então o assunto pode ser debatido em tribunais militares.

1.2 - Sobre a Dominion

Claro, este é apenas o mais sensacional dos resultados possíveis nas controversas eleições presidenciais de 2020: aconteceria no caso de Trump ativar a Ordem Executiva preparada em 12 de Setembro de 2018 para proteger a segurança nacional, no caso de surgir uma interferência estrangeira no voto americano. Só uma mera hipótese? Talvez. Ou talvez não: questionado pelo Parlamento do Michigan (Estado em que uma perícia forense determinou margens de erro até 68% através dos sistemas eleitorais eletrônicos), o Administrador da empresa Dominion admitiu, pela primeira vez que os computadores eleitorais estavam ligados através da Internet. Isto corrobora as acusações do antigo Coronel Phil Waldron, especialista em guerra informática, de que os sistemas eletrônicos da Dominion podem facilmente ser pirateados até do estrangeiro. De acordo com Waldron, a interferência de China, Irão e outros Países teria sido registada nas eleições presidenciais de 3 de Novembro. Esta hipótese poderia transformar-se numa acusação oficial dependendo do relatório de John Ratcliffe, Diretor dos serviços secretos nacionais.

Não é assim tão estreito o caminho de Trump para ser reconduzido à Casa Branca.

1.3 - Sobre a real situação dos USA

Mazzoni dá uma imagem precisa da situação nos EUA, acompanhada de perto: uma evolução rápida, mesmo que ignorada pelos grandes meios de comunicação social:

As sondagens de opinião confirmam que os cidadãos americanos, na maioria, convenceram-se de que as eleições foram manipuladas em benefício de Biden.

O candidato democrata, além disso, está a enfraquecer dias após dia dia devido ao escândalo que se acumula em torno do filho Hunter, acusado de tráfico internacional de dinheiro com a cumplicidade da China:

São os próprios Democratas, neste momento, que estão a exigir – em muitos casos – que a família Biden seja honesta perante essas acusações.

1.4 - O Supremo Tribunal:

Não só isso: o Supremo Tribunal ainda não se pronunciou sobre os novos processos apresentados pelo advogado Sindey Powell por alegada fraude nos Swing States (termo utilizado para indicar os estados nos quais, durante uma eleição, nenhum partido ou candidato possui a maioria absoluta nas intenções de voto e, portanto, qualquer deles pode vencer), onde os resultados foram subitamente revirados de um dia para o outro em favor de Biden, após os funcionários terem suspendido a contagem dos votos para retoma-la algumas horas mais tarde.

O Supremo Tribunal também tem no seu registo a queixa de Rudolph Giuliani, que levanta acusações acerca do caso do Texas e de 17 outros Estados: os juízes tinham primeiro rejeitado a oposição do Texas, argumentando que um Estado não tinha o direito de contestar os outros Estados, mas agora a queixa (fraude extensa e decisiva, auxiliada por regras improvisadas) foi novamente apresentada com a agravante segundo a qual os Swing States teriam mudado os regulamentos eleitorais de forma arbitrária e inconstitucional, no último minutos.

1.5 - A questão parlamentar:

Depois há a questão parlamentar:

No dia 6 de Janeiro serão abertas as urnas dos Grandes Eleitores que votaram em Biden a 14 de Dezembro, mas também as dos Grandes Eleitores que votaram em Trump. A palavra, nessa altura, passaria para o Parlamento: também aconteceu em 1960, quando Richard Nixon – apareceu vitorioso em Novembro mas foi derrotado em Janeiro por Kennedy.

Entre as hipóteses, também a escolha de ter o Presidente eleito pelos parlamentares, fazendo-os votar “Estado por Estado”:

Nesse caso Trump provavelmente ganharia, dado que os republicanos controlam a maioria dos Estados.

1.6 - O complexo sistema eleitoral dos USA

O sistema eleitoral dos EUA não é tão linear como seria possível imaginar. Além de existirem regras diversificadas nos vários Estados, há também a questão dos Grande Eleitores. Estes são os delegados que compõem o colégio eleitoral e número total é 538, igual à soma dos Senadores (100, dois para cada Estado), dos Deputados (435, atribuídos proporcionalmente ao número de habitantes que vivem em cada Estado) e dos três Representantes do Distrito de Colúmbia onde se encontra a capital Washington. Para se tornar Presidente é necessário obter a maioria absoluta dos votos dos Grandes Eleitores, ou seja, 270, mas esta não é uma condição suficiente. Além do citado caso Nixon, lembramos as eleições presidenciais de 2000, nas quais o candidato democrata Al Gore obteve cerca de meio milhão de votos mais do que o candidato republicano George W. Bush; mas dada a diversa distribuição dos votos no territórios, o resultado foi que o número dos Grandes Eleitores democratas foi inferior ao obtido pelos republicanos).

1.7 - Da viabilidade dos cenários:

Segundo Mazzoni, a viabilidade destes cenários surgirá dia após dia, forçando até os meios de comunicação social a assumir o que a opinião pública já adivinhou: as eleições presidenciais de 2020 teriam sido fortemente poluídas por fraudes, possivelmente tão extensas a ponto de inverterem literalmente o resultado.

Uma fraude com a intervenção de Países estrangeiros? Esta é, de longe, a opção mais perigosa, que desencadearia um estado de emergência estabelecido por lei. O especialista em cibersegurança, o Coronel Phil Waldron, tem vindo a examinar os sistemas da Dominion nos últimos dois anos: problemas tinham surgido já nas eleições intercalares de 2018, ao ponto de estados como o Texas terem-se recusado a adoptar o Dominion. Para Waldorn, o sistema é muito fácil de penetrar a partir do exterior: “Posso provar”, disse ele, “que nas eleições presidenciais de 2020 houve acessos por parte da China, Irão e outros Países”. De acordo com o funcionário, portanto, houve interferência estrangeira.

Lembra Mazzoni:

Até anteontem, a Dominion tinha afirmado que as máquinas eleitorais não estavam ligadas à Internet, pelo que não podiam ser penetradas a partir do exterior. E em vez disso, o CEO da Dominion, John Poulos, que apareceu a 15 de Dezembro perante o Parlamento do Michigan que o interrogou sobre o assunto, confirma agora que as máquinas estão ligadas, embora por curtos períodos, através de um smartphone.

Assim, segundo Mazzoni, Poulos confirmou indiretamente o que disse Waldron: com uma ligação, mesmo que durante um punhado de minutos, é possível manipular uma eleição.

Além disso, existem provas que confirmam que os votos foram tabulados pelo sistema Dominion, e depois transferidos para um servidor no estrangeiro (diz-se que foi em Frankfurt), onde os dados eleitorais foram processados posteriormente.

1.8 - Intermezzo: Frankfurt

Pausa: vamos dar um salto atrás. 

No começo de Dezembro surgiu do nada uma notícia “anômala”: a Alemanha, precisamente a cidade de Frankfurt, teria sido o cenário dum confronto sem precedentes entre forças especiais do exército americano e homens da CIA, no contexto de uma apreensão de servidores e material informático. Noutros tempos, ter-se-ia dito que nem mesmo a mais ousada das histórias de espionagem teria ido tão longe.

Em vez disso, este cenário é descrito por Thomas McInerney, que não é propriamente um Zé Ninguém. General da aviação militar, agora reformado, protagonista de uma longa carreira (incluindo o conflito no Vietnam), serviu na OTAN, foi Comandante do 11th Air Force na Alaska, do 3rd Tactical Fighter Wing, da 313th Air Division, da 3rd Air Force para depois acabar no Comando da Air Force em Washington, não antes de ter colecionado uma longa série de medalhas.

Uma vez reformado, tornou-se comentador de televisão mas continuaram as ligações às Forças Armadas: ainda em 2008 foi revelado que McInerney recebia comunicações por e-mail do Pentágono com pontos de discussão que deveria utilizar para defender a Administração Bush nas suas aparições televisivas. E, segundo ele, teriam sido as suas “fontes” a revelar-lhe que homens das forças especiais do exército americano, provavelmente pertencentes ao corpo especial da Delta Force, realizariam uma rusga num grupo de servidores geridos pela CIA em Frankfurt.

O meu entendimento é que não passou sem incidentes. Houve soldados americanos que morreram na operação.

Outras fontes escreveram que cinco soldados morreram no combate, bem como um paramilitar da CIA. Depois disso, sempre de acordo com o testemunho de McInerney, o exame dos servidores teria revelado vestígios de intrusão estrangeira.

Problema: apesar de haver outras “vozes” acerca do incidente de Frankfurt, aquela do antigo General é a única pormenorizada. Mas dá para confiar num homem que nas suas intervenções públicas enquanto civil utilizava o guião escondido do Pentágono? E nem podemos esquecer que  McInerney não pode ser definido como uma pessoa desinteressada: no passado mês de Setembro, foi um dos 235 Generais e Almirantes reformados que apoiaram a reeleição do Presidente Trump.

Pelo que, por falta de ulteriores evidências, a “Batalha de Frankfurt” deve ser considerada com uma dose de razoável dúvida.

Segunda parte: Biden? Um fantoche. O verdadeiro novo Presidente tem saia (e o apoio de Wall Street).

2.1 - O Software

Waldron também descreveu outras funções do software, que permitem o acesso ao servidor a partir do exterior de forma invisível, ou pelo menos não controlável pelo administrador oficial, e através do servidor também permitem o acesso a máquinas individuais de recolha de votos locais.

Para um hacker, a Dominion é como o Pai Noel: todas as portas estão abertas, é possível manipular a informação remotamente. Veremos se agora as agências de inteligência confirmam oficialmente a análise de Waldron, incluindo a inteligência militar.

2.2 - Interferência estrangeira

O Diretor-geral das 16 agências de inteligência dos EUA, John Ratcliffe, já antecipou ter “visto” a interferência estrangeira. Os relatórios da inteligência, neste aspecto, serão provavelmente atrasados em comparação com o prazo inicialmente previsto (18 de Dezembro, hoje):

Mas já estamos na rampa de lançamento da ordem executiva, que tem a ver com a segurança nacional: a conversa já não se limita apenas a saber se um partido teria feito batota, fazendo votar até pessoas mortas e pessoas inexistentes ou contando até 8 vezes os mesmos boletins de voto.

A questão aqui é perceber se um País estrangeiro, de forma premeditada e demonstrável, interferiu realmente com as eleições. Interveio no sistema e alterou os resultados? Já em si a possibilidade de acesso ao sistema constitui um risco.

É evidente, acrescenta Mazzoni, que uma tal decisão (a ordem executiva) desencadearia fortes reações:

Por isso, é necessário tomar primeiro todas as medidas possíveis, legais e políticas, para resolver a questão de outra forma.

2.3 - O que pensa a população?

Por outro lado, Mazzoni continua na análise, Trump parece totalmente determinado a não baixar os braços:

Numa altura em que as sondagens dizem que mais de metade da população está convencida de que se tratou de eleições falsas, ninguém nos garante que a próxima não será igual. De facto, se esta foi assim, o próxima poderia ser ainda pior: é portanto necessário reafirmar a credibilidade do sistema democrático nos EUA, e também reafirmar a eficácia do mesmo sistema judicial.

2.4 - A posição do judiciário

Até agora, os vários juízes não fizeram outra coisa senão dizer “não é a minha jurisdição”, “é demasiado tarde”, ou seja, evitaram pronunciar-se sobre o mérito, sobre qualquer fraude. Para Mazzoni “é necessário reconstruir a confiança nas instituições, no tecido democrático do país, dado que mais de metade da população está convencida de ter sido enganada”.

2.5 - Quanto a Joe Biden:

Ninguém acredita que ele irá governar, mesmo que se tornasse Presidente: sabemos que Kamala Harris iria decidir, tal como Dick Cheney governou quando George W. Bush era Presidente.

As investigações que irromperam a casa Biden (lavagem de dinheiro, com a cumplicidade da China) colocam Joe Biden numa situação de grande embaraço. As reportagens da imprensa sobre Hunter Biden, o filho, até podem ter sido uma auto-rede. Podem ter feito parte do plano inicial para desacreditar Biden e abrir as portas da Casa Branca a Kamala Harris, a candidata de Barack Obama apoiada por Wall Street, mas a operação pode ter corrido mal por uma questão de tempos: teriam desistido demasiado cedo, achando Trump politicamente morto.

Mas não é de forma alguma uma conclusão inevitável que Biden será certificado como vencedor. O caminho para Trump não é tão estreito como os grandes meios de comunicação tendem a retratar.

2.6 - Kamala Harris

Se, por outro lado, Biden fosse eleito, “após algum tempo Kamala Harris assumiria oficialmente o cargo, tornando-se presidente, com Nancy Pelosi como Vice-Presidente”. Mazzoni, no entanto, mostra-se perplexo com esta possibilidade: as ações de Trump estariam em contínuo crescimento:

2.7 - O Partido Republicano

No Partido Republicano, uma parte cada vez maior de expoentes está do lado do Trump, incluindo políticos que não estavam inicialmente alinhados com o Presidente: estão a compactar-se, na convicção de que podem alcançar a vitória.

2.8 - O caso Zuckenberg

Entretanto, acrescenta Mazzoni, surgiu o caso Zuckenberg: o fundador do Facebook gastou 500 milhões de Dólares para criar uma infra-estrutura eleitoral paralela à dos Estados Unidos:

Clamoroso, significa que as eleições são “privatizadas” e, além disso, utilizam dinheiro ilegal pois isento de impostos, uma vez que Zuckerberg o retirou do orçamento para as doações de caridade.

Basicamente, Facebook alegadamente forçou os funcionários eleitorais a seguir as suas regras nos Swing States, onde as regras eleitorais já tinham sido alteradas sob o disfarce da Covid. Um espetáculo que, no Pentágono, deve ter sido avaliado como muito pouco edificante:

Estamos, portanto, perante uma situação em que uma boa parte das forças armadas está alinhada com Trump, apesar de quererem evitar ao máximo a intervenção dos militares.

Considerações finais (Informação Incorrecta)

Pensamentos finais

Roberto Mazzoni será um ótimo jornalista mas não considera um ponto: Trump é basicamente um empreendedor, sempre foi. Temos a certeza de que o seu único interesse seja o Triunfo da Verdade?

Vamos formular uma hipótese alternativa. Perdidas as eleições (com fraude, isso parece claro), Trump tem duas possibilidades:

A primeira é esperar que as investigações concluam os trabalhos. E esta é uma incógnita porque a coisa pode demorar meses: é óbvio que os Democratas farão tudo e até mais para pôr Biden-Kamala na Casa Branca. Se for verdade que pediram a ajuda externa, qual o problema em eventualmente “lubrificar” a máquina da Justiça interna para que tudo acabe da forma melhor?

A segunda é acelerar o processo e, à primeira ocasião, pôr em marcha a Ordem Executiva, apelar-se aos tribunais militares… o caos.

Mas pode haver uma outra possibilidade também, aquela que não me admiraria ver realizada. E soa mais ou menos assim:

Trump estica a corda até obrigar os Democratas a apresentar uma oferta… que não se pode recusar: ao tratar com um empreendedor, temas de discussão não faltam e de certeza pode ser encontrada uma sólida moeda de troca.

Todos ganham: beijos, abraços, felicidade e os que Estados Unidos voltam a ser “o farol da Democracia”.

Os norte-americanos chamam isso de business as usual, algo como “as coisas do costume”.


 

Relacionamento ou Cárcere? (Alessandra Santos)


Alto lá! Este texto não é meu.
Confesso que copiei e colei
Autora - Alessandra Santos
Fonte Instagram - @alesanttos_hmdp


Se maltratam; se machucam
Se sufocam; Se anulam... 
E estranhamente não se afastam. 

Extremamente intoxicados 
em uma codependência afetiva, 
eles se destroem em todos os âmbitos. 

As feridas que hoje podem estar evidentes no corpo, 
são o retrato das feridas que começaram na alma 
e bloquearam a mente. 

O sangue que hoje escorre por fora, 
está gangrenado por dentro a muito tempo. 
A paralisia é evidente, e eles ali inertes, se aniquilando continuadamente. 

O que muitas vezes eles não sabem 
é que o AMOR liberta, 
encoraja e nos faz dar passos em direção ao que nos devolve o fôlego. 

Reaprender a nos amar é urgente e necessário, 
pois é isto que nos afasta das relações tóxicas e doentias. 
O amor tem que ser leve!


quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

O Analista da Pitangueira refletindo sobre "Novos tempos, velhos dias"


O que dizer deste 2020 e tudo que está aí? Tudo que está aí não está exatamente ao alcance dos olhos, ouvidos e tato dos seres mortais comuns, que são 99,999% dos que inspiram e e expiram gases na atmosfera do planeta. Daqui  a poucos dias é 2021.

Não sei, realmente, se o Reino da Pitangueira conseguirá resistir a este próximo ano, prenunciando ser tão ou mais grave que o atual. Freud tinha um aforismo que dizia:  "Quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, se convence que os mortais não podem ocultar nenhum segredo. Aquele que não fala com os lábios, fala com as pontas dos dedos: nós nos traímos por todos os poros."

Hoje, numa releitura Matriz, sugerida pelos cátedras da Escola de Analistas do Reino da Pitangueira, acrescenta a Matrix sem alterar o contexto:

"Quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, e rede para se comunicar, se convence que os mortais não podem ocultar nenhum segredo. Aquele que não fala com os lábios, fala com as pontas dos dedos no teclado digital ou analógico: nós nos traímos por todos os poros."

Noel Rosa, o Noel da Vila Isabel, o gênio do samba, afirmou em 1933, no samba-canção "Não tem tradução": "Tudo aquilo que o malandro pronuncia com voz macia é brasileiro, já passou de português"

Noel propôs uma revolução cultural, sugerindo ao povo distanciar a língua falada no becos, guetos, favelas, morros e zona norte do linguajar estrangeiro e caracterizá-la como uma língua brasileira, a identidade nacional. Isto faria deste país uma grande nação, afinal somos falantes e viventes de uma língua brasileira.

Chico Buarque tomou emprestada a ideia de Noel e completou em sua Festa Imodesta:: 
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
E o otário silencia
Tudo aquilo que se dá ou não se dá
Passa pela fresta da cesta e resta a vida.

Caetano, cujo poema belíssimo escreveu para também musicar - Língua - , convida novamente este despertar de Noel Rosa. Em determinado trecho afirma:  Gosto do Pessoa na pessoa / Da rosa no Rosa : 

A língua é minha pátria. 
E eu não tenho pátria, 
tenho mátria
E quero frátria

Mas isto tudo foi antes do fenômeno irreversível da comunicação pela rede mundial. É uma terra com dono oculto, com regras e legislação própria e com rigor no cumprimento delas. Mas olhando assim, sempre parece que é tudo numa boa, que estamos sozinhos diante da tela, ou ecrã como dizem o patrícios, podendo ser e fazer o que bem entendermos. 

E em 2021 vai ser mais apertado. Há sinais aqui e ali que indicam e/ou sugerem isto.

Voltando ao velho e bom Sigmund Freud, que parece estar falando da rede mundial, mas descrevia o Inconsciente, quando afirmava que a maior parte da vida psíquica se desenrola sem que tenhamos acesso a ela. Ali se encontram principalmente ideias reprimidas que aparecem disfarçadas nos sonhos e nos sintomas neuróticos. 

Hoje esta parte psíquica está terceirizada, quer você queira ou não, quer acesse a rede ou não, seu nome e todos os seus dados, fotos, acessos, opção política, sexual, social etc., estão lá para serem apreciados por quem de direito na ocasião necessária.

Cuide-se em 21, e para encerrar, uma máxima de Freud:

"Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro."


É isto aí!




quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Este Natal - Carlos Drummond de Andrade (14-12-1966)



— Este Natal anda muito perigoso — concluiu João Brandão, ao ver dois PM travarem pelos braços o robusto Papai Noel, que tentava fugir, e o conduzirem a trancos e barrancos para o Distrito. Se até Papai Noel é considerado fora-da-lei, que não acontecerá com a gente?

Logo lhe explicaram que aquele era um falso velhinho, conspurcador das vestes amáveis. Em vez de dar presentes, tomava-os das lojas onde a multidão se comprime, e os vendedores, afobados com a clientela, não podem prestar atenção a tais manobras. Fora apanhado em flagrante, ao furtar um rádio transistor, e teria de despir a fantasia.

— De qualquer maneira, este Natal é fogo — voltou a ponderar Brandão, pois se os ladrões se disfarçam em Papai Noel, que garantia tem a gente diante de um bispo, de um almirante, de um astronauta? Pode ser de verdade, pode ser de mentira; acabou-se a confiança no próximo.

De resto, é isso mesmo que o jornal recomenda: "Nesta época do Natal, o melhor é desconfiar sempre". Talvez do próprio Menino Jesus, que, na sua inocência cerâmica, se for de tamanho natural, poderá esconder não sei que mecanismo pérfido, pronto a subtrair tua carteira ou teu anel, na hora em que te curvares sobre o presépio para beijar o divino infante.

O gerente de uma loja de brinquedos queixou-se a João que o movimento está fraco, menos por falta de dinheiro que por medo de punguistas e vigaristas. Alertados pela imprensa, os cautelosos preferem não se arriscar a duas eventualidades: serem furtados ou serem suspeitados como afanadores, pois o vendedor precisa desconfiar do comprador: se ele, por exemplo, já traz um pacote, toda cautela é pouca. Vai ver, o pacote tem fundo falso, e destina-se a recolher objetos ao alcance da mão rápida.

O punguista é a delicadeza em pessoa, adverte-nos a polícia. Assim, temos de desconfiar de todo desconhecido que se mostre cortês; se ele levar a requintes sua gentileza, o melhor é chamar o Cosme e depois verificar, na delegacia, se se trata de embaixador aposentado, da era de Ataulfo de Paiva e D. Laurinda Santos Lobo, ou de reles lalau.

Triste é desconfiar da saborosa moça que deseja experimentar um vestido, experimenta, e sai com ele sem pagar, deixando o antigo, ou nem esse. Acontece — informa um detetive, que nos inocula a suspeita prévia em desfavor de todas as moças agradáveis do Rio de Janeiro. O Natal de pé atrás, que nos ensina o desamor.

E mais. Não aceite o oferecimento do sujeito sentado no ônibus, que pretende guardar sobre os joelhos o seu embrulho.

Quem use botas, seja ou não Papai Noel, olho nele: é esconderijo de objetos surrupiados. Sua carteira, meu caro senhor, deve ser presa a um alfinete de fralda, no bolso mais íntimo do paletó; e se, ainda assim, sentir-se ameaçado pelo vizinho de olhar suspeito, cerre o bolso com fita durex e passe uma tela de arame fino e eletrificado em redor do peito. Enterrar o dinheiro no fundo do quintal não adianta, primeiro porque não há quintal, e, se houvesse, dos terraços dos edifícios em redor, munidos de binóculos, ladrões implacáveis sorririam da pobre astúcia.

Eis os conselhos que nos dão pelo Natal, para que o atravessemos a salvo. Francamente, o melhor seria suprimir o Natal e, com ele, os especialistas em furto natalino. Ou — idéia de João Brandão, o sempre inventivo — comemorá-lo em épocas incertas, sem aviso prévio, no maior silêncio, em grupos pequenos de parentes, amigos e amores, unidos na paz e na confiança de Deus.

(14-12-1966)


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Texto extraído do livro "Caminhos de João Brandão", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1970, pág. 84.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Eu odeio a TIM



                            Eu odeio a TIM





O personal trainer.


Fonte da imagem: stickeramoi.com

Acordou diferente. Olhou para o teto, não era o mesmo. Olhou para o lado, vazio. Olhou pela janela e viu uma linda mulher fazendo exercícios solo com um personal trainer, olhou novamente para o quarto, nada ali era conhecido. Fechou os olhos, talvez fosse necessário dormir mais um pouco e acordar daquele sonho estranho.

Cerca de trinta minutos se passaram. Acordou sob a coberta e já pulou da cama para conferir em pé se o sonho já acabara. Estava num leito de trem em movimento. Na estação, a mesma linda morena sorria, fazendo sinal para saltar e se aproximar, enquanto fazia exercícios orientada pelo personal trainer. Entre o desejo e a dúvida, optou pela duvida, pulou na sua cama, cobriu-se e dormiu novamente.

Acordou com enjoo, sentindo um movimento ondular. Custou a ficar em pé. Olhou pela janela e estava em alto mar. Meu Deus, pensou, que loucura é esta? Segurando o vômito, saiu da cabine e chegou ao deck do barco, com vômito e confuso. A morena abriu os braços, chamando para um abraço, enquanto fazia exercício com um personal trainer.  

No desespero se atirou ao mar e nadou até uma praia não muito distante. Deitou na areia e desacordou. Voltou à consciência com a cabeça no colo da mesma morena, naquela ilha paradisíaca do Taiti. Resolveu não acordar mais. Era o sonho da sua vida, ela ali, dançando e sorrindo só para ele, até que o personal trainer apitou para começarem uma nova série de exercícios.

Voltou a si, letargicamente, no sofá da sua casa, sozinho com sua garrafa vazia de vinho, e a TV ligada em alguma coisa. Custou a entender onde estava, a cabeça parecia explodir, o corpo dolorido. Nisto ouviu um apito, pensou que era o raio do personal trainer, pegou uma barra de ferro que segurava a janela e jogou na televisão onde passava um jogo de futebol. 

Sentiu-se aliviado. Fez o que tinha que ser feito, calou o idiota. Aquilo não era ciúme, era um ato em legítima defesa da honra idílica e das experiências oníricas. Foi tomar um banho, se arrumou e sentou para assistir a TV, que não sofreu nenhuma agressão no mundo real, mas sua moral e seu nome estavam salvos no campo do desejo e dos sonhos ...   

É isto aí!