segunda-feira, 1 de março de 2021

Maldita lucidez!




Cansei de esperar sentado 
na cadeira de palhinha da varanda
Cansei de olhar para o final da rua 
esperando seu olhar sorrir

Não sei nem mais 
como dizer olá, se vier pela estrada
Não sei como disse adeus 
de uma forma tão tosca

As tardes de outono amarelas,
as noites de inverno longas,
as manhãs de verão chuvosas...
nunca pensei que nunca mais fosse primavera

Nenhuma rosa, cravo, beijos azuis
nossas mãos dadas, nossos destinos traçados
Por que fui nascer louco com esta lucidez?
Não perder a consciência mas abrir mão de ser.

Ser o que sou, não sendo o que esperava em mim
Cansei de sorrir para a esperança, tolice
acreditar na felicidade, idiotices de um átimo atemporal.
Não sei ser para você, então é isso, adeus.

É isto aí!




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