quinta-feira, 16 de maio de 2024

Conheça o poder do ato de abandono




Jesus disse que não existe novena melhor do que esta (e ela só tem 11 palavras):

Ó meu Jesus

Eu me abandono ao Senhor

Jesus, assuma o controle

Conheça o poder do ato de abandono

Eu peço a Deus tudo aquilo de que preciso. Muito. Às vezes, parece que isso é constante e eu vivo dizendo, de manhã até a noite: “Senhor, por favor me dê isso” ou “eu preciso disso”. Frequentemente, as minhas necessidades também se espalham para as conversas com amigos. Sempre peço que orem em meu nome por diversas intenções.

Embora eu tente não deixar minhas necessidades serem o foco exclusivo da minha oração, isso é quase inevitável. Tanto que, às vezes, eu me pergunto se eu não estaria sendo muito carente.

E chego à seguinte conclusão: todos somos carentes; isso é parte da condição humana. Porém, embora nossa necessidade nos torne um pouco vulneráveis ​​e fracos, Deus vê isso de forma diferente. Ele conhece nossas necessidades. E elas o glorificam, dando-lhe a oportunidade de nos dominar com sua bondade e piedade.

Dolindo Ruotolo, um frade capuchinho que viveu de 1882 a 1970, compreendeu profundamente a relação entre nossa necessidade e a bondade de Deus.

Ordenado aos 23 anos, Dolindo passou a vida em oração, sacrifício e serviço. Ele ouviu confissão, deu orientação espiritual e cuidou dos necessitados. Por um tempo, serviu como diretor espiritual de Padre Pio. Inclusive, quando alguns peregrinos de Nápoles, onde residia Dolindo, iam para Pietrelcina, Padre Pio costuma dizer: “Por que vocês veem aqui, se vocês têm Dom Dolindo em Nápoles? Vão até ele, ele é um santo! ”

O frade tornou-se conhecido por sua espiritualidade de rendição. Bem consciente da fraqueza e da necessidade humanas, Dolindo viu isso como uma forma de promover uma união contínua com Deus.

Ao nos convidar a levar continuamente nossas preocupações e preocupações ao Senhor, ele nos ensina que o foco de nossas orações não deve permanecer em nossas necessidades. Ele nos encoraja a levar nossas necessidades a Deus, deixando-o livre para cuidar de nós em sua sabedoria. Dolindo nos diz que o Senhor prometeu assumir plenamente todas as necessidades que confiamos a ele. 

Nas palavras de Jesus a Dolindo:

“Por que você se confunde com a sua preocupação? Deixe o cuidado de seus assuntos para mim e tudo ficará em paz. Digo-lhe, na verdade, que todos os atos de entrega verdadeira, cega e completa produzem o efeito que você deseja e resolvem todas as situações difíceis. (…)

Mil orações não são iguais a um ato de abandono; nunca esqueça isso. Não há melhor novena do que esta: ó Jesus, eu me abandono ao senhor. Jesus, assuma o controle.”

Muitas pessoas já testemunharam curas e graças obtidas depois de seguir os conselhos de Dolindo sobre a constante realização do ato de abandono à Divina Providência. A oração de rendição também pode ser feita em sua totalidade ou em nove segmentos mais curtos, como uma novena diária.

Eu tenho feito a novena sugerida pelo frade Duolindo há quase um ano e acho que ela não é apenas uma lembrança da importância de trazer minhas necessidades e preocupações ao Senhor, mas também uma fonte de grande consolo e encorajamento.

Dolindo Ruotolo é atualmente Servo de Deus; sua causa de beatificação está aberta.

Ato de abandono à Divina Providência:

“Meu Deus, eu desconheço o que me poderá acontecer neste dia. Sei, porém que tudo o que me acontecer Vós o haveis disposto, previsto para o meu maior bem. Basta-me sabê-lo, ó meu Deus, para sossego e tranquilidade do meu coração.

Sei que tudo estará em conformidade com a vossa vontade e o Amor infinito que me consagrais como Pai, o mais amável e amigo, o mais fiel. Sou qual frágil criança, que nada posso nem na ordem da natureza, nem na graça e nem sequer posso ter um bom pensamento em Vós.

Entrego-me totalmente ao vosso paternal amor, sabendo que, assim como a mãe conduz só para o bem o filho que leva nos braços, assim Vós e melhor do que ela, só podereis dar-me o que for melhor para minha felicidade, santificação e salvação. Abandono-me inteiramente aos vossos santos, impenetráveis e eternos desígnios, e a eles me submeto de todo o coração.

Quero tudo, aceito tudo, tudo Vos ofereço, unindo-me ao sacrifício do Vosso querido Filho Unigênito e meu Salvador. Em nome de Jesus Cristo, pelo seu Santíssimo Coração e pelos seus merecimentos infinitos, peço-Vos a paciência nos sofrimentos e a perfeita conformidade com Vossa vontade por tudo o que Vós quiserdes e permitirdes. Amém”.

Fonte: pt.aleteia.org

Há uma guerra


Nada se fala, mas ...
há uma guerra
louca e fratricida

todas as guerras
são parricidas ... 
pessoas parecidas ...

matar e destruir
sem remorso 
a mística alma

é matar os sonhos
fazendo da guerra
um ser suicida.

É isto aí!

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Cartas de Amor LXXXVI

 


Reino da Pitangueira,
Planeta Terra&Lua,
3° do Sistema Solar,
Via Láctea, Zona Sul


Querida, vamos mergulhar no Mar dos Sargaços


Calma, meu bem, calma!! Isso... inspire... expire...relaxa, de 10 a 1 bem devagar, sei que você gagueja do cinco para o quatro, mas não vou rir. Não desta vez. Vamos ficar aqui, frente a frente, face a face, olhos fechados, mãos dadas até nossas respirações parearem, até nossos corações serem a mesma batida, está sentindo? Sente as sinapses em luminescência quântica espalhando nosso amor, um no outro, num fluxo contínuo e conjugal?

Saiba querida, que este mar dos Sargaços é o único mar da Terra que não possui costa, nem praia, nem falésias, nem pessoas admirando o sol escaldante de um dia de verão. É uma enorme piscina de água quente e salinidade acima da existente no Oceano Atlântico. Além disto, possui uma enorme massa de algas (Sargassum, daí o nome) que viaja todos os anos da Europa e África Ocidental até o Golfo do México.

Veja, meu bem, o Mar dos Sargaços é um mistério, como o amor é um mistério. Do século XIV até os dias atuais, centenas de histórias, testemunhos e documentos narram desaparecimentos de navegações de vários portes e até aviões. Mergulharmos no Mar dos Sargaços seria como abandonar o padrão do amor deste século que se torna “líquido”, como constatou o sociólogo Zygmunt Bauman

Eis que segundo Bauman, cada um está sendo levado a inventar seu próprio “estilo de vida” e a assumir seu modo de gozar e de amar. Os cenários tradicionais de amor, respeito, parceria, conexão natural, cumplicidade, etc caíram em lento desuso. 

Então, querida, eu convido você a fazermos uma incursão ao desconhecido dos Sargaços. Perdoe, meu bem, não saber dizer de uma maneira mais comum, pois estamos em tempos incomuns, onde a verdade líquida, as fake news, o ódio, o engano, a traição, a violência física, o gaslighting, enfim, todo o mal está concentrado em pelo menos três gerações perdidas.

Eu não sei não amar você. Um cafuné no cabelo, um afago na face, um beijo apaixonado e um abraço apertado. Saudades!

É isto aí!

Fonte Youtube:   PENAS DO TIÊ (Folclore Brasileiro) Coral Raio de Sol
Página Youtube: Denys Nunes
            Maestro: Kaiky Nunes e Coral Raio de Sol

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Você é um escolhido. Nunca revele estas quatro coisas:


Salmo 1

1 Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

2 Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.

3 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.

4 Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.

5 Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.

6 Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.


 Fonte Youtube Manuscrito Sagrado (@manuscritosagrado

Você é um escolhido. Nunca revele estas quatro coisas:


01 Nunca revele suas primeiras vitórias e avanços. Salmo 23,5

02 Nunca revele Planos, Sonhos, Desejos: Seja cuidadoso ao revela-los Proverbio 29,11

03 Nunca revele Assuntos Familiares. São privados. 

04 Nunca revele Encontros Espirituais íntimos com Deus. 

domingo, 12 de maio de 2024

Meu encontro comigo


Certo dia estava numa igreja, contemplando o Divino Eterno, quando sentou ao meu lado um homem que era eu. Como isto pode acontecer - perguntei? Ele estava confuso e disse que não reconhecia nada, sequer arquitetura das casas, traçado das cidade, automóveis, roupas, etc. Como parecia ser alguém em quem confiar, pedi que contasse a sua história. Assim narrou:

"Era domingo, ou sábado, não me lembro bem, mas o dia do mês era três ou seis, ou um dos dois, ou talvez sete. Espera, com certeza era dia oito, uma quinta feira, do mês de setembro do ano de sei lá, isto tem muito tempo.

Naquele dia saí de casa determinado a ser feliz. Parei no sinal para pedestres, demorou muito tempo para ficar verde, atravessei e só vi o clarão seguido de um profundo silêncio. Agora estou lembrando, havia uma senhora que conversou comigo e era muito simpática e um ar de calma. Perguntou meu nome esqueci - caramba - esqueci meu nome e a minha identidade como indivíduo. 

Não havia mais ninguém. Só eu e aquela senhora simpática de sorriso largo. Isto, ela tinha um sorriso largo e dentes alvos. Aproximou delicadamente do meu ouvido e falou algo ininteligível. Enquanto falava ou quando acabou de falar, ouvi passos, e ela desapareceu. Tive a impressão que desintegrou no ar. Estava confuso e quando recordo fico muito mais confuso. 

Escutei sirenes, senti meu corpo amarrado, três ou quatro pessoas em cima de mim falando coisas abstrusas, supostamente complexas, numa enigmática caixa de luz, com vários bips soando a sirene de um lugar sacolejante. O corpo ia ora para a direita, ora para a esquerda, num turbilhão de sacolejos, e vez ou outra sentia meu corpo tentar sair das amarras que o continham.

De repente sofri uma imensa força gravitacional para a esquerda, seguida de várias voltas em torno do próprio eixo da caixa de luz. Levou um tempo infinito até parar de girar. Era um silêncio nunca percebido, a paz me serenou os ânimos e adormeci. Acordei numa confortável cama, e ao meu lado a mesma senhora simpática de sorriso largo.

Olhou para mim sorrindo e sem abrir a boca e disse para meu eu interior - não vai acontecer nada, fique tranquilo, é hora de voltar. Foi então que fechei os olhos e acordei num domingo ou sábado, não me lembro bem, mas o dia do mês era três ou seis, ou um dos dois, ou talvez sete. Espera, com certeza era dia oito, uma quinta feira, do mês de setembro do ano de sei lá, isto tem muito tempo. Chovia muito e resolvi ficar em casa.

Quando saí de casa, não mais reconheci o lugar, comecei a vagar por entre estruturas físicas de onde entram e saem pessoas, devo ter andado por horas, até que uma senhora simpática de sorriso largo me trouxe até a entrada este lugar e disse que neste templo eu me reconheceria. E agora estou aqui "

Ao escutar a narrativa daquele estranho que sou eu, mas não está em mim, corri em direção à porta, que se fechava lentamente. Saltei desesperadamente na intenção de fuga. Passei pela fresta e  só vi o clarão seguido de um profundo silêncio...

É isto aí!


sábado, 11 de maio de 2024

Eu sonhei com você!


Sonhar é a manifestação
da melhor parte da vida.
É render-se à imaginação
desligada da dor profunda

Há o mundo das graças
que não se apagam jamais,
Há o desejo, a falta, o éter
da vida abrindo portas

Sonhar não se restringe
às coisas inatingíveis, 
querer muito alguma coisa
ou pensar insistentemente.

Sonhar é um ato de amor
indelével para consigo,
desejo de paixões vívidas
restritas a si e à alma


É isto aí!




sexta-feira, 10 de maio de 2024

Pindorama e a quadrilha



 Olha o passeio na cidade!

 Balancê! 

Preparar para o cumprimento! 

Damas pra um lado, cavalheiros para o outro. 

Dama cumprimenta cavalheiro! 

Cavalheiro cumprimenta dama! 

Anarriê! 

Olha o passeio na cidade! 

Balancê! 

Preparar para a cesta! 

Cestinho de flor! 

Anarriê! 

Olha o passeio na cidade! 

Balancê! 

Voa andorinha! 

Voa gavião! 

Anarriê! 

Olha a grande roda! 

Preparar o caracol. 

Começar! 

Anarriê! 

Olha o caminho da roça! 

Olha a chuva! 

É mentira! 

A ponte caiu! 

É mentira! 

Olha o pai da noiva! 

É mentira! 

Olha a cobra!

É mentira!

Olha a árvore caída!

É mentira!

Olha a  ventania!

É mentira!

Olha a tempestade!

É mentira!

Olha o buraco!

É mentira!

Olha a vacina!

É mentira!

Olha o aquecimento global!

É mentira

Olha a mentira!

É mentira, quer dizer, é verdade, espera, vou consultar no meu grupo ...


É isto aí!


quarta-feira, 8 de maio de 2024

O tempo é inexorável


Acordei velho. 
Não, não é meu aniversário. 
nem uma data especial, 
nem comemoração de algo inusitado. 

Acordei velho, sim, 
acordei para a velhice
tudo que passou, passou
ficaram os sonhos

Hoje é o primeiro dia
que a sinto em mim, 
por todo o meu ser
está demarcado o tempo

Sinto uma paz imensa,
sem esperanças ou apegos
Não sinto mais o muito
sinto apenas o nada.

É isto aí!

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Sentimentalidades


ela Amor, diga a primeira palavra que vem à sua borda externa da mente ...

ele Da borda externa? Não pode ser das profundezas da minha existência?

ela É isto?

ele Isto o que?

ela Vai querer discutir relação aqui e agora?

ele Mas não é exatamente o que fazem os amantes?

ela Eu não sou sua amante, sou sua amada, ou deveria ser.

ele Onde você quer chegar com isto tudo?

ela Não se trata de onde quero chegar, mas sim de onde estamos.

ele Não sei o que dizer, tudo que falar será interpretado pela sua previa cognição.

ela Eu sabia. Ela ainda existe entre nós.

ele Outra vez nesta tecla? 

ela Sempre, e cansei de lutar sozinha. Nunca mais outra vez.

ele Você que começou

ela Não dá para competir contra a blindagem do seu coração.

ele Melancia

ela que merda é esta agora? 

ele Foi a primeira palavra que veio à tona da borda externa da minha mente.

ela raiva raiva raiva ... eu odeio você. Me fez abrir todo o flanco de sentimentalidades.

ele Eu amo você!

ela Eu amo mas hoje eu odeio mas eu amo muito muito você.


É isto aí!

Pensar em nada e fazer as contas


Estava fazendo as contas e as contas recusaram-se a fechar. Números, às vezes, parecem ser  sencientes, pensei, pois para o bem ou para o mal, possuem  a capacidade de ter percepções conscientes do que lhes acontece e do que os rodeia, apesar de serem o que são, sem a consciência com a qual todos os seres vivos possuem.

Meditou sobre o número π, famosa constante matemática que é razão entre o comprimento de uma circunferência e seu diâmetro, aproximadamente igual a 3,14159, independente do tamanho da circunferência, das cores dela, da situação geográfica dela, etc. 

Fechei os olhos, fiquei ali parado, deitado e refletindo profundamente sobre a razão 1/137 (1dividido por 137). Sabia que trata-se de um número mágico, chamado constante de estrutura fina, cuja constante fundamental é denotado pela letra grega alfa – α.

O que é especial sobre este 1/137 ou alfa é que ele é considerado o melhor exemplo de um número puro, que não precisa de unidades. Na verdade, ele combina três constantes fundamentais da natureza – a velocidade da luz, a carga elétrica transportada por um elétron e a constante de Planck. 

Ousei raciocinar então que o fato dele aparecer na interseção de áreas-chave da física como relatividade, eletromagnetismo e mecânica quântica é o que dá a 1/137 seu fascínio.

Tem muitos mais números mágicos na estrutura do universo, mas estes dois já darão trabalho a você o suficiente para investigar os números que o cercam.

É isto aí!


As relações tóxicas


Um relacionamento tóxico é caracterizado pela falta de apoio mútuo, pela competição, desrespeito e, muitas vezes, pelo conflito. Ele mina a sua autoestima, faz você se sentir triste e enche você de culpa. Também passa a fazer com que o outro se sinta fragilizado em momentos difíceis, gerando insegurança e dependência por meio de um controle. Ele pode envolver múltiplas formas de violência: física, psicológica, emocional, financeira, sexual, entre outras. 

As relações tóxicas são profundamente desgastantes e prejudiciais para a saúde emocional das pessoas envolvidas — tanto em relacionamentos com sinais mais explícitos, quanto naqueles que apresentam características mais sutis de serem reconhecidas.

Entre os sinais que indicam um relacionamento tóxico, destacam-se a falta de apoio, a comunicação tóxica, ansiedade e medo, além de ciúmes, controle, ameaças, críticas disfarçadas de elogios e outros. Se você está em um relacionamento com alguns desses sinais, esse é o momento de procurar entender o que está havendo.

Geralmente se torna difícil sair de um relacionamento abusivo, Há o medo de buscar apoio nas pessoas em quem você confia, pois podem estar contaminadas pela pessoa tóxica, com preconceitos sobre você. 

Ninguém precisa passar por isso só! Lembre-se de amar a si primeiro. E jamais romper a sua rede de amizades verdadeiras, afetos e cuidados por causa de outra pessoa.

Fonte: UNICEF

terça-feira, 30 de abril de 2024

Palavras que rimam com você IV



Sua boca
soa paz e
sibila os céus

Seu olhar
perpassa 
minh'alma

Saudade
sei lá mais 
o que será 

Essa tristeza
que soe acontecer 
no outono


É isto aí!





sexta-feira, 19 de abril de 2024

Palavras que rimam com você III



Uma palavra
que traduza
das flores
o perfume

uma frase
que seja
bela e profusa
feito pétalas

flutuar no céu  
vagar nas estrelas 
lua nova, cometas
medos e coragens

tem coisas
que só de você
somente você
guardo em mim.

É isto aí!







 

O solteirão, a supermãe e a nora escolhida


Segunda-feira, 14março, 10 horas

Alô? É da casa da Nanda?

Não, você ligou errado.

Desculpe, eu devo ter me confundido.

Tudo bem, não se preocupe, isto acontece.


Segunda-feira, 14março, 13 horas

Alô, por favor, a Nanda...

Olha só, não é daqui, você tem certeza que ela se chama Nanda? Desculpe eu te perguntar, mas você já ligou umas dez vezes neste número.

Sim, claro que tenho. Espere, puxa vida, eu não sei o que está acontecendo, pois  já liguei neste número e sempre falei com a Nanda. Olha, desculpa mesmo. Não sei o que ocorreu.

Tudo bem, estas coisas acontecem. Pode ser que exista uma conexão. Como é esta Nanda?

Bem, ela é bonita, morena, 1,60 de altura, pesa uns 60 Kg, tem por volta de 37 anos, é advogada, divorciada, tem uma filhinha de três anos, mas, desculpe mais uma vez, eu não deveria estar falando estas coisas todas. Não entendo como liguei várias vezes para este número para falar com a Nanda. Eu peço mil desculpas pelo incômodo.

Vocês se conhecem a muito tempo?

Nos conhecemos num aplicativo de solteiros carentes, mas tudo bem. Vou checar o número, apesar de me parecer familiar. Grato, até logo.


Segunda-feira, 14março, 14 horas

Alô? É da casa da Nanda?

Flávio Renato, você é um idiota!

Espera aí, como sabe meu nome? 

Deve ser por que sou a sua mãe, em triste memória de gestação perdida para gerar um filho tão imbecil. 

Mamãe?!?! Puxa vida... mamãe, desculpa, eu não sabia, eu não deveria, eu não sei explicar esta confusão.

Não sabe uma merda. Esta Nanda deve ser mais uma destas rameiras que você paga para fingir que é homem. Em vez de casar com a Adalgiza, de quem sempre fiz gosto, vai procurar uma prostitutazinha da ralé, com filha sem pai, e ainda liga para mim achando que eu sou ela. Você é um imbecil, Flávio Renato, um idiota, um retardado, um banana, um débil mental, um fracassado...

Desculpa, mamãe, mas vou desligar, por que preciso urgentemente ligar para o meu analista.


Quarta-feira, 16 de março, 16 horas

Alô, eu queria falar com a Nanda...

Flavinho, que surpresa agradável! Sumiu, hem!! Estou sendo abandonada?

Flavinho? Ninguém me chama de Flavinho. Quem é você?

Sou eu, a Adalgiza, bem que a sua mãe falou que você queria conversar comigo, e que iria brincar de me chamar de Nanda. Alô, alô? Flavinho? Alô...


Sexta-feira, 18 de março, 11 horas

Alô, quem está falando?

É a Nanda, amor.

Você está na casa da minha mãe?

Não, amor. De onde você tirou esta ideia? Sequer conheço sua mãe. 

Meu santinhodasvertigens, está tudo rodando. Olha vou desligar, refazer minha homeostase e retorno assim que conseguir respirar novamente.


Sexta-feira, 18 de março, 12 horas

Alô! Eu quero falar com a Nanda.

É ela, amor, euzinha plena.

Olha, eu preciso fazer uma pergunta, mas seja sincera, ok?

Sim, amor, sempre sincera com você.

Por acaso minha mãe te contratou para que você me desse um telefone onde ela também atende, e que era também  o seu, para que ela me deixasse constrangido e humilhado, além de armar com uma suposta Adalgiza para falar comigo?

Eu, amor? Mas de onde você tira estas coisas?

É por que isto mexeu comigo, olha só, Adalgiza, precisamos conversar.

Amor eu sou Nanda, entendeu? A sua Nanda. 

Puxa vida, está tudo confuso. Eu posso explicar

Não precisa, amor, já entendi, esta Adalgiza é a sua via preferencial. Tudo bem, eu já desconfiava que tinha outra, e não estou com raiva. Até um dia, amor! Valeu pelas rosas!


Enquanto isto, numa rede paralela:

Alô! Adalgiza?

Nanda!? Tudo bom, amiga?

Tudo bom, querida. Deu tudo certo, pode bater que a bola está na marca do penalty, vai que é seu.

Obrigada, amiga; minha sogra vai passar aí para acertar as despesas.

Valeu, querida, foi um prazer fazer negócio com vocês.

É isto aí!

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Invasão alienígena na Pitangueira


Não sei o que era aquilo. Acordei com um zumbido forte vindo do quintal. Cheguei sorrateiramente na janela e ao olhar para baixo, percebi que havia um objeto aparentemente sólido, de forma  geométrica com três dimensões visíveis: altura, largura e comprimento. Tal qual um prisma, possuía todas as suas faces no formato de um paralelogramo, sendo formado por 6 faces, 8 vértices e 12 arestas. Não havia portas ou janelas aparentes. 

Vi dois vultos saírem de uma aparente manifestação quântica de tunelamento pela lateral do veículo. Supostamente era um casal, mas devido à distância e a frágil luminescência, difícil garantir. Cataram todas as jabuticabas, limões, graviolas, abacates e pitangas nas árvores. Ela (?) colocou o pé esquerdo na piscina e a água borbulhou. Ele (?) fez sinal de silêncio e apontou para o alto, onde eu estava, na janela. Acenaram, entraram rapidamente no veículo, desaparecendo na lateral e logo a nave desmaterializou.

Mas que sacanagem foi esta? pensei. Tanto mato, tanto quintal e estes bostinhas vem, aqui no meu quintal, depois de ter dado duro para as árvores frutificarem; adubei, rocei, aguei, e agora isto. Na manhã seguinte coloquei uma placa de radioatividade em cada árvore. Pois você acredita que não passou três dias e os pervertidos voltaram, pegaram o resto das frutas e levaram as placas? A próxima vai ser na porrada.

É isto aí!


quarta-feira, 17 de abril de 2024

Cartas avulsas XII


Havia o brilho do seu olhar nas gotas orvalhadas do sereno sobre a caprichosa teia adornando o pé de graviola. O sereno formou-se na noite clara, de céu limpo e calmo. Brinquei com a difração da luz matinal sobre a arte engenhosa da natureza. Eram seus olhos a iluminar minha saudade.

Neste instante ocorreu-me, num átimo de memória, lembrar que o poeta Fernando Pessoa escreveu, certa vez, que "só para ouvir o murmúrio do vento valia a pena ter nascido". 

Gosto de pensar que sua existência se justifica pela variedade de saudades que é capaz de acumular. Saudades da gente, das coisas, dos lugares, das comidas, das sensações, dos sentimentos e tantas outras coisas mais que atravessaram as membranas do coração e ali se enfurnaram feito bicho da seda.

Então, de uma maneira instintiva fui engendrando sua ausência nesta carta, de forma que desejo concluí-la dando-lhe este poema do Fernando Pessoa, afinal foi por ele que fiei a saudade do brilho deste seu olhar, nesta manhã de outono. Espero que goste.

Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)
Poema: Realidade

A espantosa realidade das coisas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada coisa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.

Tenho escrito bastantes poemas.
Hei-de escrever muitos mais, naturalmente.
Cada poema meu diz isto,
E todos os meus poemas são diferentes,
Porque cada coisa que há é uma maneira de dizer isto.

Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada,
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.

Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.

Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem esforço,
Nem ideia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos,
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.

Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer coisa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.

7-11-1915

“Poemas Inconjuntos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993). - 83.

“Poemas Inconjuntos”. 1ª publ. in Athena, nº 5. Lisboa: Fev. 1925.






terça-feira, 16 de abril de 2024

Cartas de Amor LXXXV



Reino da Pitangueira,
Planeta Terra&Lua,
3° do Sistema Solar,
Via Láctea, Zona Sul


Querida, vamos pra lá de Marrakesh


Calma, meu bem, olha a pressão, olha a glicemia, olha as ..., pensando bem, vamos voltar ao ponto de onde fugiremos, pra lá de Marrakesh. Sei como você fica aflita, as mãozinhas suadas, os olhos embaçados de lágrimas precoces, mas como para tudo há de haver uma explicação,  nesta não será diferente. Claro, ir além do que já está longínquo é coisa de pensamento dos enamorados.

Falando nisto, sei que você preferiria, muito mais vezes, que eu pudesse tangenciar seus desejos nos seus pontos críticos de conforto, gozo e glória e que preferencialmente a conduzisse à Casablanca, este hino do amor pequeno burguês revolucionário onde eu seria o anti-herói Rick Blaine, personificado por Humphrey Bogart, e você, tão linda, tal e qual a eterna musa dos meus sonhos, Ilsa Lund Laszlo, personificada pela incomparável Ingrid Bergman. 

Ao fundo um piano soaria  As Time Goes By. Tudo muito bonito, tudo muito apaixonante, só que esta música é o marco do abismo entre dois mundos, e pela dor abissal, digamos assim, de Rick Blaine, que segue solitário por sua jornada. Não, querida, por isto nunca falo de Casablanca. Ilsa diz - Play it Sam, Play As Time Goes By and singing, Sam. E o tempo que cuide de cicatrizar e consertar tudo.

Não, querida, não posso falar de Casablanca. Prefiro ir além de Marrakesh, e claro, antes de partir creio que ainda posso permitir-me sonhar com você ao meu lado no centenário La Mamounia Hotel, em dias imperdíveis e inesquecíveis. 

Neste ponto em diante, nos sonhos profundos e até nos lúcidos, sigo sozinho Saara a dentro, no rumo leste, sob o céu como testemunha e as areias sem rastros por entre as dunas dos desafios na vida. Na cabeça fico escutando sua voz trêmula pedindo a nossa música proibida em Casablanca e o tempo passa lentamente. Somos nossas emoções, querida, é isto que somos. Um cafuné no cabelo, um afago na face, um beijo apaixonado e um abraço apertado.

P.S. Se der ou se for possível, mandarei notícias de Timbuktu.

Saudades

É isto aí!








segunda-feira, 15 de abril de 2024

Confissões

Esta  postagem profética foi inicialmente publicada em Maio de 2017, aqui mesmo neste Reino da Pitangueira, já norteando o que viria depois. Sofreu apenas pequenas atualizações para conduzir o sentido pretérito aos dias de hoje. 

Eis que, num dia chuvoso, triste e frio, Fulano de Tal, ex-tudo, entrou no fechado e restrito Círculo do Templo dos Pecadores de Bens, em silêncio. Procurou um local discreto, afastado dos holofotes da Luz Celestial. Ajoelhou-se com extrema dificuldade devido ao excesso de peso e da artrite instalada há muito tempo. Postou os cotovelos sobre o encosto do confessionário, uniu as mãos e fez sua confissão ao Dom, o Mestre, em voz rouca e embargada :

Oh, Senhor Mestre de todas as Companhias dos Homens de Bem, beijo-te a mão e vos imploro:

- Fazei de mim um homem livre dos pecados descobertos, mas acobertai os escondidos.

- Que eu perca só o que foi denunciado, mas preserve o roubo acumulado.

- Que eu seja esquecido pela mídia.

- Que eu não sofra muitos achaques, se sofrer que sejam pequenos e breves.

- Que meus amigos desapareçam e meu inimigos me evitem.

- Que minhas contas em sete paraísos fiscais permaneçam intactas.

e por fim, já que só posso fazer sete pedidos:

- Que a Gildinha seja fiel, além da minha esposa, é claro. Como? Só uma? Que seja a Belinha, então, afinal ela é mais, humm, digamos assim, mais dentro do meu padrão de adiposidade tateável.

Amém!!!!

Assim disse o Mestre dos Mestres dos Mestres dos Mestres, Pai de todas as Companhias de Bem:

Vá, poveraccio, tua fé nos salvou!


É isto aí!

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Só pensando.

Já reparou que toda vez que tem um eclipse solar, a horda e as guildas se ouriçam e saem espalhando que agora será o fim disto, o fim daquilo, etc., o arrebatamento, a morte dos inimigos, a determinação dos escolhidos?

Toda e qualquer pessoa medianamente informada sabe que os eclipses solares acontecem duas vezes ao ano, com um intervalo de aproximadamente seis meses entre eles, coincidindo com o alinhamento das órbitas solar, lunar e terrestre. 

Onde chegaremos com esta percepção?

É que assim, supostamente, as maldades humanas, bestiais e vorazes parece que ficam de lado, pois talvez o importante seria a profecia se cumprir como querem e ou desejam seus interlocutores. No final sempre cairá ou ocorrerá uma desgraça entre um evento e outro, coisa normal para um planeta tão belo e tão mal frequentado. Desta forma seria feita a Justiça Divina como estava escrito, livrando a cara dos mandantes?

Vamos combinar que é cada profecia mais bem elaborada que a outra. Santos, profetas, líderes religiosos e videntes disputando  fervorosamente quem vencerá a disputa. Ao vencedor, as batatas, tal como filosofou Quincas Borba, em imperdível romance de Machado de Assis.

Para Quincas Borba, a frase significa que os vencedores podem desfrutar das batatas nos campos de guerra, simplificando ao máximo o Humanitismo e seu preceito básico de que, na luta pela sobrevivência, quem vence é o mais forte. Bom lembrar que Humanitismo é o nome da filosofia criada por Joaquim Borba dos Santos, o Quincas Borba, um dos mais célebres personagens de Machado de Assis, que é exposta fundamentalmente no romance homônimo. 

O incrível Machado de Assis coloca em seu impagável personagem a ideia de que o Humanitismo, assim como a teoria da seleção natural, lançada por Charles Darwin entre 1842 e 1844, está baseado na sobrevivência dos mais aptos e enxerga a guerra como forma de seleção da espécie. A filosofia de Quincas Borba afirma que a substância da qual emanam e para a qual convergem todas as coisas é Humanitas. Leia o Livro e decifrará as profecias, os eclipses e as batatas no campo.

É isto aí!

terça-feira, 9 de abril de 2024

Lembra de mim - História da Música (Ivan Lins - Vitor Martins)



Atenção: O texto abaixo foi copiado da página de Ivan Lins no Facebook, onde conta a história da música “Lembra de Mim”, composta em parceria com Vitor Martins:

Amigos,

“Lembra de mim” foi composta em 1992 em Woodland Hills, L.A. Califórnia e faz parte de uma  coletânea de canções feitas neste período , que chamei de "Saudades do Rio", já que não aguentava mais aquela cidade sem esquinas, onde você perde seis horas por dia dentro de um automóvel, se não mais.

Muita saudade de meus parentes e amigos e da natureza estonteante.  

Pois bem, a melodia até que saiu rápido, mas havia certa melancolia em mim. Quando voltei ao Brasil, essa música ficou guardada por quase dois anos. No final de 1994, comecei a pré produção do CD "Anjo de mim", num apart hotel em Sampa e foi ali que desovei três canções da coletânea, incluindo "Lembra de mim". Não tinha letra ainda, mas já estava nas mãos do Vitor Martins.

Quando chegou a letra , me deu um aperto no coração. Me veio a lembrança de uma paixão de juventude, que terminou quase bruscamente, me deixando mal por quase dois anos. Além de nunca mais ter visto, tinha medo de um dia reencontrá-la, para dizer a verdade, o que realmente aconteceu  há dez anos, na saída de um show, no extinto Canecão, me balançou, mas depois passou. 

Curiosamente não sei se o Vitor pensou em alguém quando escreveu a letra . Ele é muito fechado nestes assuntos; mas o texto veste bem em tanta gente, não é?

Abraços

Ivan


Lembra de mim (Ivan Lins - Vitor Martins)

Lembra de mim
Dos beijos que escrevi
Nos muros a giz
Os mais bonitos
Continuam por lá
Documentando
Que alguém foi feliz...

Lembra de mim
Nós dois nas ruas
Provocando os casais
Amando mais
Do que o amor é capaz
Perto daqui
Há tempos atrás...

Lembra de mim
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...

Lembra de mim
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...

Lembra de mim!...

Lembra de mim
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...

Lembra de mim
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...

Lembra de mim...

Abaixo a belíssima interpretação de Sandra Duailibe (São Luís MA), compositora, cantora, youtuber e produtora cultural brasileira. É odontóloga de formação, empresária do turismo, e desde 2005 dedicada exclusivamente à música. Fez diversos shows no Brasil e no mundo. Dividiu o palco com Tibério Gaspar, Simone Guimarães, Miele, Claudia Telles, Nonato Buzar, dentre outros. 

Sandra também homenageou a capital federal no show Brasília: 50 anos de música com a Orquestra Filarmônica de Brasília, em 2010.


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