
- Seja bem vinda! Entre, vamos conversar aqui dentro.
- Aí dentro? Só eu e o senhor?
- Sim, venha, é um ambiente seguro.
- Seguro como?
- Eu sou o segurança do lugar.
- Mas o senhor nem está fardado. Tem câmara de segurança?
- Não temos câmeras aqui dentro.
- Mas e a câmara de segurança, com pessoas eleitas para proteger-me do mal do mundo?
- Ah! São destas câmaras que você falava. Não há necessidade. Pode entrar.
- Não, obrigada!
- Algum problema? Tem algo que a deixa desconfortável aqui?
- Sim. Tem.
- Posso saber o que é?
- É o senhor.
- Eu? Eu sou o gerador do seu desconforto?
- De certa forma sim. Além disto mamãe disse para eu não conversar com estranhos.
- Eu sou um estranho para você?
- Hummmmmmm... não! Não é exatamente um estranho.
- Então?!?
- Melhor que não. Outro dia eu volto.
- Poderia ser na semana que vem a sua volta?
- Sim, poderia. tenho a agenda livre para daqui a sete dias.
- E poderia ser no mesmo horário?
- Interessante. Tenho este horário também em aberto. Sim, eu venho semana que vem.
- Estarei aguardando.
- Posso fazer uma pergunta ao senhor?
- Esteja a vontade.
- O senhor se sente atraído por mim, agora que estou viúva?
- Qual o impacto que tem sobre você a possibilidade de achá-la atraente?
- Semana que vem posso responder que o impacto é sobre nós e nosso futuro radiante?
- Sim, terá uma semana para refletir sobre o tema.
- Agora eu posso entrar?
- Não! Seu horário de hoje acabou.
É isto aí!
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