quinta-feira, 17 de outubro de 2019

O caso da viúva - O analista da Pitangueira.

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- Seja bem vinda! Entre, vamos conversar aqui dentro.

- Aí dentro? Só eu e o senhor?

- Sim, venha, é um ambiente seguro.

- Seguro como?

- Eu sou o segurança do lugar.

- Mas o senhor nem está fardado. Tem câmara de segurança?

- Não temos câmeras aqui dentro.

- Mas e a câmara de segurança, com pessoas eleitas para proteger-me do mal do mundo?

- Ah! São destas câmaras que você falava. Não há necessidade. Pode entrar.

- Não, obrigada!

- Algum problema? Tem algo que a deixa desconfortável aqui?

- Sim. Tem.

- Posso saber o que é?

- É o senhor.

- Eu? Eu sou o gerador do seu desconforto?

- De certa forma sim. Além disto mamãe disse para eu não conversar com estranhos.

- Eu sou um estranho para você?

- Hummmmmmm... não! Não é exatamente um estranho.

- Então?!?

- Melhor que não. Outro dia eu volto.

- Poderia ser na semana que vem a sua volta?

- Sim, poderia. tenho a agenda livre para daqui a sete dias.

- E poderia ser no mesmo horário?

- Interessante. Tenho este horário também em aberto. Sim, eu venho semana que vem.

- Estarei aguardando.

- Posso fazer uma pergunta ao senhor?

- Esteja a vontade.

- O senhor se sente atraído por mim, agora que estou viúva?

- Qual o impacto que tem sobre você a possibilidade de achá-la atraente?

- Semana que vem posso responder que o impacto é sobre nós e nosso futuro radiante?

- Sim, terá uma semana para refletir sobre o tema.

- Agora eu posso entrar?

- Não! Seu horário de hoje acabou.

É isto aí!




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