domingo, 13 de setembro de 2020

O Mago da Pitangueira (setembro 2020)

Neste dias subi o Monte da Contemplação para aprender com o Mago da Pitangueira, que não se trata de um mago destes que fazem magia, mas sim de uma longa linhagem onde o título que o designa origina dos sacerdotes zoroastristas. Subi com o coração apertado, cheio de dúvidas. Mas como sempre ele provoca as perguntas.com respostas que exigem uma profunda reflexão.

- Mestre, o que nos espera 2021?
- Meu filho, não é o tempo que passa por nós. Somos nós que passamos pelo tempo. 2021 não espera ninguém. Ele está lá como o amanhã também está, e você passará por ele.

- Mas, Mestre, e as catástrofes, e as tragédias, e as dores do mundo?
- Veja, uma doença não aparece do nada, ela primeiro foi desejada de forma consciente ou inconsciente. Há uma história natural para ser e existir. Todo efeito sobreveio de uma causa. 

- Desculpe minha ignorância, Mestre, mas não entendi.
- Não é só você, rapaz. O mundo todo foi sendo envenenado dia após dia, de todas as formas, de todos os jeitos, de todas as seduções possíveis, e aqui não falo da prostituição e das drogas, falo de um mal maior, que vai além do prazer rápido proporcionado por estes meios. O mal real, o mal tangível, fonte inesgotável de dor.

- Mestre, o fim destes dias de confinamento estão acabando?
- Meu filho, o veneno está tomando seu cérebro, seus olhos e seus ouvidos. Qual o fim das reses depois de um confinamento? Pense! Nada de novo há sob o sol. O mundo como conheceu terá em breve um novo céu e uma nova terra - Maktub. E estes tempos chegaram.

- Mestre, como posso salvar minha vida, meus familiares, meus amigos? Para onde ir? O que fazer? Qual o lugar seguro?
- Lugar seguro? Rapaz, o único lugar seguro agora está dentro do seu coração. O que está feito, está feito. As engrenagens do "perpetuum mobile" foram postas em movimento, nada mais o detém. A ciência sempre negou esta possibilidade e ela está aí para todos verem e os tolos admirarem.

Voltei para casa achando o mundo menor, estranho e bizarro. 

É isto aí!




 

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