quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Este poema ridículo (Paulo Abreu)



Há dor nas palavras
em todas as sílabas
vogais e consoantes
quando a vida amarga

e ganha aquele gosto
de uma coisa estranha
meio insípida, meio palatável
meio insolúvel, meio nada.

Hão de advir dias bons
sem lágrimas e percalços
porque guardei seu perfume
na memória da saudade

Este poema tão ridículo
não era para nascer assim
opaco, tênue lume
mas há reversos fragilizados

doar, amar, aguardar
ou criar novos retornos
o retrovisor funde passado 
presente, sorriso e mágoas

Mas o futuro é espelho 
do seu rosto que reflete
a historia da alegria
do dia lindo que virá..

É isto aí!




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